«Pago os salários mais baixos que puder» – Perfil do novo dono da PT

“Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder.” – é esta a frase de apresentação e que pode ficar na cabeça dos milhares de trabalhadores da PT. É proferida por Patrick Drahi, presidente da Altice, que comprou a PT depois de Bava e Granadeiro terem perdido quase mil milhões de euros da empresa de comunicações com a bancarrota do BES. Sobre os trabalhadores da PT, em particular os em falso outsourcing, continua a ameaça de despedimentos em massa, já que Drahi enviou em Junho passado uma carta aos “fornecedores” a propor um corte de 30%.

Patrick-Drahi

Tal como denunciámos em Novembro passado, há uma ameaça sobre os 16 mil trabalhadores em outsourcing na PT, fruto da compra da empresa da Altice. O novo patrão da empresa, o francês Patrick Drahi, tornou pública a sua visão sobre os trabalhadores este fim de semana após a aquisição de mais uma empresa, a americana Cable Vision: pretende pagar o mínimo de possível em salários, e cortar nos mesmos sempre que possa.

A estratégia financeira do multimilionário franco-israelita é a aquisição de empresas a baixo custo e contracção de empréstimos contra o valor das próprias empresas: aconteceu com a Suddenlink e está previsto com a Cablevision. Nada faz crer que não seja exactamente a mesma estratégia seleccionada para a PT.

Drahi tem uma fortuna pessoal avaliada em 14,9 mil milhões de dólares, o 57º homem mais rico do mundo, 3º mais rico de França. A sua proposta de enriquecimento é dívida e salários miseráveis. É este o dono da PT Portugal.

Até o mais que liberal ministro da economia francês, Emmanuel Macron, assume os perigos: “o império de telecomunicações do Sr. Drahi está a crescer demasiado rápido e com demasiada dívida. Tenho grandes preocupações em termos de alavancagem de dívida do Sr. Drahi, devido ao seu tamanho e devido ao lugar que ocupa na nossa economia”.

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