Testemunho: Carta Aberta exploração nos CTT

A Ass. de Combate à Precariedade – PI recebeu hoje esta denúncia sobre a sub contratação e as condições de trabalho nos CTT que aqui publicamos:
«Venho por esta Carta Aberta denunciar situações das quais O Grupo CTT e mais concretamente a sua subsidiaria CTT Expresso se deveria envergonhar.
A todos os destinatários desta Carta caberá, se assim o entenderem, fazer o que acharem por bem ou por dever das suas competências.Peço aos sindicalistas que divulguem e aos CTT que se responsabilizem e façam cumprir a Lei.

A empresa sub contratada Rota 24, sediada na margem Sul, com dezenas de funcionários para distribuição de encomendas da CTT Expresso, não tem respeitado as normas e leis relativas ao Código do Trabalho em vigor para com os seus funcionários por todo o país de forma gravosa, sistemática e pior que tudo impune.
Ao longo dos últimos meses tive conhecimento das seguintes situações que me foram relatadas:

– Não pagamento de horas extraordinárias
– Ordenados em atraso
– Subsídios de Natal 2011 por pagar na totalidade
– Subsídios de férias de anos passados não liquidados
– Excesso de carga horária (alguns colaboradores trabalham mais de 12 horas diariamente como horário normal);
– Pagamento de férias não gozadas por caducidade não efectuado ou em atraso
– Existência de trabalhadores sem qualquer contrato de trabalho apesar de já colaborarem com a empresa durante meses
– Falta de pagamentos dos descontos ao serviço de segurança social dos trabalhadores sem contrato

Todas estas situações são demasiado graves, algumas configuram até infracções grosseiras ao Código do trabalho em numerosas alíneas. Está na altura de agir e saber afinal o que pensa a CTT Expresso de tudo isto?
Os factos relatados são do conhecimento nos C.O. e  até mesmo de outros operadores logísticos. Poderá a CTT Expresso alegar desconhecimento dos factos?
O Grupo CTT tem o dever de garantir que as empresas sub contratadas são cumpridoras e respeitam os mais essenciais direitos laborais. Os bons resultados
financeiros e o sucesso não se podem sustentar em práticas ilegais e abusivas contra os trabalhadores.

Por razões óbvias não me vou identificar, o que não retira qualquer credibilidade aos factos relatados, e estes mesmos podem ser
facilmente confirmados pela CTT Expresso caso haja vontade para tal.
Aos responsáveis máximos da estrutura CTT cabe a fiscalização e o restabelecimento da legalidade, a todos os outros destinatários desta Carta Aberta peço para que passem palavra e ajudem os vossos colegas e não deixem que isto continue mais tempo.»
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