Declarações da CIP

Um patrão que esteja cansado, porque os lucros já não aumentam mais do que 15% ou 20% ao ano, um patrão que tenha apenas a 4ª classe e ache que tem mais discernimento do que um jumento quando faz declarações sobre o Código do Trabalho ou o Livro Branco, um patrão que diga que é preciso mais flexibilidade a um elástico já rompido ou, mais simplesmente, um patrão que ache que vai viver descansadamente num mundo em que todos ficam com vontade de lhe responder e dar em troca na proporção da elevação do 3,14159265 à potência do número de desempregados – deveria poder ser cedido a termo incerto por um ordenado mínimo a um qualquer imaginativo grupo de precários num deslocalizado barracão fechado e vazio depois de roubadas as máquinas por um patrão.

Rui Maia


“Um trabalhador que esteja cansado física ou psicologicamente – porque está mais velho, porque tem problemas familiares, porque trabalhar naquela empresa não era exactamente o que pretendia ou porque se desinteressou do trabalho – deve poder ser despedido por justa causa”, defendeu em conversa com o Correio da Manhã Gregório Rocha Novo, membro da direcção da CIP.

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