Precários subscrevem Petição pelo Futuro da Ciência

Acaba de ser divulgada a petição “Pelo Futuro da Ciência”, apelando a uma “mudança urgente da política científica e tecnológica”. A Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis faz parte do grupo de subscritores iniciais e que pode ser assinada aqui.

Brain-MechanicalO texto da petição, subscrito por pessoas de várias áreas e envolvidas em todas as facetas da investigação, critica as medidas levadas a cabo pelo último governo, nomeadamente a diminuição do número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento; a redução do número de contratos de investigador FCT, quando comparado com o número de contratos que terminaram entre 2012 e 2013; o decréscimo na taxa de sucesso na atribuição de projetos; e o aumento da divergência na despesa total anual em I&D em proporção do PIB entre Portugal e a média Europeia. Como consequência desta governação, muitos jovens investigadores promissores deixaram o país, o que terá consequências negativas na produtividade científica e tecnológica do país, a curto, médio e a longo prazo.Às reacções da comunidade científica (a publicação de comunicados, cartas e livros, reuniões com a tutela e ações judiciais) a FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia) fez ouvidos de mercador e não fez nenhuma correção ou reorientação da estratégia, continuando na sua política pouco dialogante com a comunidade científica.

Face a esta situação, os subscritores da petição, defendem que:1) O actual sistema científico e tecnológico português promoveu:
– uma crescente precarização dos investigadores jovens, contrariamente ao que deveria acontecer numa “sociedade democrática, economicamente sustentável, capaz de coletivamente contribuir com respostas para os desafios que enfrentamos em todas as áreas do conhecimento, e que ofereça aos cidadãos e à sociedade as capacidades e infraestruturas necessárias para que os seus melhores talentos possam ser postos ao serviço dessa mesma sociedade.”
– um desinvestimento na investigação fundamental, sem a qual não se desenvolvem aplicações científicas e tecnológicas

2) As reformas do último governo “levaram a uma perda de capacidades e recursos humanos com enormes desperdícios económicos e financeiros. Efetivamente, Portugal investiu fundos nacionais e europeus na educação duma geração de investigadores, que é a mais qualificada de sempre, mas que em grande parte teve de abandonar o país ou está sem emprego”.
3) Para contrariar a situação em que nos deixou o governo do PSD-CDS, o sistema de ciência e tecnologia tem de ser alterado urgentemente, para que o futuro da Ciência seja sustentável!
Assina e lê mais aqui.
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