Em Viseu, e apesar do calor abafado que se fazia sentir, milhares de pessoas juntaram-se no Rossio, em frente à Câmara Municipal, e gritaram palavras de ordem, assinaram o manifesto e acorreram às pancartas e ao mural que estavam disponíveis, ansiosas por fazerem passar a sua mensagem. Houve música, leitura de poemas e apelo à luta e à esperança. Desde bebés a idosos e sem distinção de classes, o povo hoje uniu-se na região que já foi conhecida como o cavaquistão, mas onde a esperança na ajuda do PR já se dissipou há muito tempo perante os salários abaixo da média nacional, o desemprego sempre crescente e a desertificação sem paralelo motivada pela necessidade de procura de emprego em cidades maiores e no estrangeiro.
Também aqui como no resto do país o medo da fome e da pobreza levam as pessoas a sujeitarem-se a falsos recibos verdes e a trabalho sem contrato e sem direitos. Que grasse pelo menos a esperança que se levanta em dias como hoje, em que o povo se une e grita a uma só voz para dizer que estamos a chegar ao limite e que exigimos mais dignidade e mais respeito. Em Viseu não ficaremos por aqui, e o país agora unido e bem acordado lutará de lá a lés como já fez no passado por justiça, igualdade e direitos laborais e sociais.
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