10% das PME falha subsídio de Natal
“Crise. Passar Dezembro sem subsídio de Natal é o que acontece a muitos trabalhadores. Sectores como a cerâmica e têxteis-lar são os mais afectados. Lisboa está menos mal. Os últimos dias de 2008 abrem más perspectivas para o ano que vem. Pelo menos para as empresas que chegaram ao final de Dezembro sem pagar subsídios de Natal aos seus trabalhadores. A PME-Portugal – que integra 6500 pequenos e médios empresários – estima que cerca de 10% dos seus associados não vão pagar o subsídio de Natal.
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Parte das empresas que ainda não tem a certeza se vai, ou não, pagar pertence ao sector do comércio. São as receitas dos saldos que podem fazer toda a diferença. Mas o sector mais afectado é, “sem dúvida, o da indústria, nomeadamente o das confecções, têxtil-lar, metalomecânica e cerâmicas”, afirma Paulo Peixoto.
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A poucos dias do final de Dezembro, a CGTP-Intersindical diz que “é tempo apenas de apelar a que o subsídio de Natal seja pago a todos os trabalhadores”. Manuel Carvalho da Silva, coordenador da central sindical, disse ao DN que ainda não quer fazer um balanço. Mas afirma que, “salvo raríssimas excepções, não há justificação” para que o décimo terceiro mês não seja pago. “Sabemos que há um problema real na estrutura económica e nas empresas, mas outros são falsos, e servem apenas para deixar de cumprir obrigações salariais”, acusa o sindicalista. “É tempo de apelar a que se cumpra o que é devido, até porque a maior parte das famílias portuguesas vive com pouco dinheiro, que é preciso, também, para dinamizar o consumo e a economia”, afirma Carvalho da Silva.”
Fonte: DN
Agora, vamos verificar o que vai ser feito para garantir os pagamentos devidos aos trabalhadores e também, o que vai ser feito pelo governo, ministério do trabalho, e pela justiça laboral para averiguar qual a situação real das empresas e dos empresários que faltam aos pagamentos.
É necessário sublinhar que os trabalhadores e trabalhadoras precárias, com vínculos precários não aparecem nestes números de falta de pagamentos de subsídios de férias ou natal, porque não lhes é garantido esse direito. As empresas usam e abusam dos trabalhadores, nomeadamente e principalmente dos precários, e o estado não faz aquilo que é realmente a sua parte, garantir a justiça e o cumprimento da lei.