122 despedidos na Controlinveste
A “retracção” do mercado. Assim justifica a administração da Controlinveste o despedimento de 122 pessoas, cerca de metade jornalistas, mas também muitos outros trabalhadores dos recursos humanos, contabilidade ou informática.
“O grupo Controlinveste tem quase mil trabalhadores, é detentor de vários meios de comunicação, tem participações em diversas empresas na área dos media e do desporto. O grupo detém a SportTV, na televisão, a TSF, na rádio, e o “Jornal de Notícias”, o “Diário de Notícias”, o “24Horas” e “O Jogo”. Para além destes títulos, possui ainda outras publicações mais especializadas, como o jornal “Ocasião”, jornais de imprensa regional, como o “Açoriano Oriental”, o “Jornal do Fundão”, o “Diário de Notícias da Madeira”. As revistas “Evasões”, “Volta ao Mundo” e ainda uma participação accionista na Lusa, agência de notícias, são pertencentes ao grupo. A Controlinveste controla ainda empresas na área da impressão e da distribuição de imprensa.
Os dois maiores jornais do grupo, o “Diário de Notícias” e o “Jornal de Notícias”, vão dispensar 25 pessoas cada um, segundo uma fonte da empresa, citada pela Lusa. “O Jogo” irá reduzir cerca de 15 trabalhadores, enquanto o “24Horas” extingue a delegação do Porto, onde trabalham 10 pessoas. A administração manda as culpas para a situação económica e para “a crise da imprensa” : “A evolução acentuadamente negativa do mercado dos media, em particular na área da imprensa tradicional, e a profunda quebra de receitas do sector impõem à Global Notícias Publicações e à Jornalinveste Comunicação uma opção difícil mas inadiável: iniciar um processo de despedimento colectivo que abrange 122 colaboradores, em diferentes áreas das duas empresas” pode ler-se no comunicado da administração.
É muito confortável. Despedir, precarizar, destruir paulatinamente os jornais e desbaratá-los ao sabor do mais ou menos interesse, mais ou menos publicidade, mais ou menos lucro, e depois pôr na rua quem fez tudo para que eles continuem a existir.
A unidade dos trabalhadores, sejam quais forem as suas condições salariais e tipos de contrato, é a resposta necessária. Sabemos que o sindicato dos jornalistas ia reunir com a administração e promete mandar um comunicado em breve.
Atentos e solidários, os precários de várias profissões só podem estar contra a decisão da administração. Jornalistas, fotógrafos, gráficos, contabilistas, informáticos, façamos o que fizermos, temos de denunciar estes despedimentos, exigir todos os direitos e nenhumas desculpas para o santo mercado, nem para a crise que é agora palavra útil para reprimir, explorar e descartar trabalhadores. Não se cortam trabalhadores como se corta uma notícia.
“O grupo Controlinveste tem quase mil trabalhadores, é detentor de vários meios de comunicação, tem participações em diversas empresas na área dos media e do desporto. O grupo detém a SportTV, na televisão, a TSF, na rádio, e o “Jornal de Notícias”, o “Diário de Notícias”, o “24Horas” e “O Jogo”. Para além destes títulos, possui ainda outras publicações mais especializadas, como o jornal “Ocasião”, jornais de imprensa regional, como o “Açoriano Oriental”, o “Jornal do Fundão”, o “Diário de Notícias da Madeira”. As revistas “Evasões”, “Volta ao Mundo” e ainda uma participação accionista na Lusa, agência de notícias, são pertencentes ao grupo. A Controlinveste controla ainda empresas na área da impressão e da distribuição de imprensa.
Os dois maiores jornais do grupo, o “Diário de Notícias” e o “Jornal de Notícias”, vão dispensar 25 pessoas cada um, segundo uma fonte da empresa, citada pela Lusa. “O Jogo” irá reduzir cerca de 15 trabalhadores, enquanto o “24Horas” extingue a delegação do Porto, onde trabalham 10 pessoas. A administração manda as culpas para a situação económica e para “a crise da imprensa” : “A evolução acentuadamente negativa do mercado dos media, em particular na área da imprensa tradicional, e a profunda quebra de receitas do sector impõem à Global Notícias Publicações e à Jornalinveste Comunicação uma opção difícil mas inadiável: iniciar um processo de despedimento colectivo que abrange 122 colaboradores, em diferentes áreas das duas empresas” pode ler-se no comunicado da administração.
É muito confortável. Despedir, precarizar, destruir paulatinamente os jornais e desbaratá-los ao sabor do mais ou menos interesse, mais ou menos publicidade, mais ou menos lucro, e depois pôr na rua quem fez tudo para que eles continuem a existir.
A unidade dos trabalhadores, sejam quais forem as suas condições salariais e tipos de contrato, é a resposta necessária. Sabemos que o sindicato dos jornalistas ia reunir com a administração e promete mandar um comunicado em breve.
Atentos e solidários, os precários de várias profissões só podem estar contra a decisão da administração. Jornalistas, fotógrafos, gráficos, contabilistas, informáticos, façamos o que fizermos, temos de denunciar estes despedimentos, exigir todos os direitos e nenhumas desculpas para o santo mercado, nem para a crise que é agora palavra útil para reprimir, explorar e descartar trabalhadores. Não se cortam trabalhadores como se corta uma notícia.
Pedro Rodrigues
(a partir da agência Lusa e de várias notícias publicadas hoje)
links úteis:
http://www.controlinveste.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlinveste_Media
links úteis:
http://www.controlinveste.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Controlinveste_Media