1º Maio contra a Precariedade

A caminho do primeiro de Maio, espera-se que este seja o ano de maiores avanços que a luta do movimento de precários algum dia conheceu em Portugal. Da alteração ao regime de contribuições para Segurança Social, dos trabalhadores a recibos verdes, à redução do período máximo de duração dos contratos a prazo, são significativos os avanços conquistados. O ano 2018 ficará ainda marcado, esperamos nós, pela regularização de um grande número de precários do Estado.

No primeiro de Maio é importante que os precários e precárias do país se juntem à manifestação de todos os trabalhadores. Mais do que um festejo, este será sem duvida um momento de denúncia, sobre o tanto que está por fazer, e de afirmação, de quem não desiste e não deixa lutas para trás, nem no sector público nem no privado.

O processo de regularização de precários do Estado está em curso e é urgente fazer justiça na vida de tanta gente, não podemos aceitar mais atrasos nem boicotes. Professores, investigadores, formadores, jornalistas, enfermeiros, auxiliares de ação médica, amas, trabalhadores municipais, entre muitos outros, são Precários do Estado em luta. Ninguém pode ficar para trás!

Apesar dos avanços para quem trabalha a recibos verdes, não há motivos para baixar os braços. A esmagadora maioria destas pessoas continua a trabalhar numa situação ilegal, de falso recibo verde, e só a conquista de contratos de trabalho pode permitir obter os direitos que lhes são devidos.

Quem já tem contratos necessita de garantir progressões na carreira e aumentos salariais dignos, precisa de maior proteção contra o despedimento e durante os períodos de desemprego. Neste domínio, ainda está por repor tudo o que o regime de austeridade levou no período da troika.

No primeiro de Maio, também a voz de quem está desempregado se fará sentir. Não podemos continuar com 10% da população desempregada e os recém-chegados ao mercado de trabalho têm de encontrar ofertas de emprego dignas em vez de estágios não remunerados e empregos precários e mal pagos. A redução da taxa de desemprego deve continuar a ser uma prioridade e a precariedade não pode ser uma dupla penalização que deixa desprotegido quem perde o seu posto de trabalho.

No primeiro de Maio a voz dos precários encontra-se na rua! Em Lisboa, pelas 15h, no Largo do Intendente, e no Porto, em local e horário a anunciar.

PARTICIPA!

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