20,3% da força de trabalho europeia trabalha a part-time

O elevado desemprego e a periclitante política de choque bancário de Mario Draghi aceleraram a precarização laboral. Hoje 20,3% da força de trabalho da Europa trabalha a part-time. São 44,1 milhões de pessoas, maioritariamente mulheres (67%). Mais de 10 milhões destas pessoas querem trabalhar mais horas mas não podem e constituem uma espécie de subempregados.

temporario

Das 44,1 milhões de pessoas a trabalho temporário em 2014, 9,8 milhões são considerados subempregados e querem trabalhar mais horas. Tal representa que pelo menos 4,5% de toda a força de trabalho da União Europeia está subempregada, subremunerada e quer trabalhar mais. Em Portugal, são 245 mil pessoas a trabalhar em part-time.

Continua a crescer a precarização do trabalho na União Europeia, nas suas várias formas. O recurso a trabalho a part-time subiu de 16% da força de trabalho em 2003 para 20,3% em 2014. Em Portugal a percentagem passou de 8,8% da força de trabalho em 2003 para 12,1% em 2014.

Com as alterações laborais encetadas sob a égide das políticas de austeridade da troika e das instituições europeias, o aprofundar da crise e do desemprego tem provocado expansões nas formas mais aberrantes de trabalho: desde os contratos zero-hora às empresas de trabalho temporário, passando pelo trabalho a prazo e pelos part-times, a Europa incentiva a destruição de salários e continua a acentuar as cantilenas da competitividade para empurrar todas as gerações para baixo.

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