29 de Setembro juntou milhares de pessoas contra a austeridade na Europa
Hoje centenas de milhar de trabalhadores saíram à rua por toda a Europa em protesto contra as políticas de austeridade. Em Portugal foram mais de 50 mil pessoas que se manifestaram em Lisboa e no Porto num protesto organizado pela CGTP. O desfile foi marcado por palavras de ordem em defesa dos serviços públicos, pelo aumento dos salários, por direitos no trabalho contra a precariedade e pelo aumento das pensões. Para dar uma ideia da dimensão do protesto em Lisboa, quando os manifestantes chegaram à frente da Assembleia da República a cauda da manifestação ainda não tinha saído do Marquês de Pombal.
No final do protesto o dirigente da Intersindical, Carvalho da Silva, enquadrou esta manifestação no protesto europeu que juntou mais de 100 mil pessoas em Bruxelas, fez acontecer uma Greve Geral em Espanha (depois da última ter acontecido há oito anos). Na Grécia o protesto dos transportes continua ao mesmo tempo que os médicos estão em greve há mais de 24 horas. Além disso houve protestos na Irlanda, Eslovénia, Lituânia, Luxemburgo, Itália e noutros países.
Em Bruxelas falou-se mesmo de uma “explosão social” por toda a Europa, que se tornou hoje o continente onde são aplicadas as políticas mais agressivas do ponto de vista social. Carvalho da Silva, na sua intervenção final fez um retrato da situação portuguesa e culpou as políticas neoliberais, submetidas à especulação, por esta crise: “basta uma pequena parte da riqueza que foi esbanjada para encher os bolsos dos capitalistas para permitir vidas dignas aos trabalhadores europeus”, disse.
Este protesto acontece no mesmo dia em que o Governo anuncia mais medidas de austeridade para punir os sectores mais frágeis da sociedade. Depois de terem endividado as economias europeias salvando os bancos, e premiando a especulação, a Europa atravessa hoje uma crise que está a ser paga pelos mais pobres ao mesmo tempo que destrói o Estado Social e as vidas de milhões de pessoas. O facto de o protesto ser feito a nível europeu revela que este é projecto europeu, e que não é fruto da inevitabilidade. As centenas de milhares de pessoas que estiveram hoje na rua são a prova de que este projecto pode ser travado, em busca de alternativas que penalizem os verdadeiros causadores desta crise.
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