Hoje saiu no Correio da Manhã uma notícia com o título ‘Falsos Recibos Verdes castigam empresas’.
A notícia dá conta das medidas que o Governo irá propor para diminuir a precariedade nos contratos laborais que abundam pelas empresas. Depois de o FERVE ter entregue na Assembleia uma petição para acabar com estes recibos (dentro do próprio Estado), depois de uma manifestação da Interjovem a reclamar uma vida estável, depois de um seminário da ACT com um discurso completamente descabido, depois da nomeação do ridículo Canas do Trabalho Temporário
Ficamos na dúvida se o Governo vai querer mesmo fazer alguma coisa ou se é outra vez fogo de vista para não se contestar o novo Código Laboral. Porque a sociedade manifesta-se contra isto, mas o que o Governo faz são sempre as análises erradas. Veja-se o caso da ACT e os parceiros do Livro Branco das Relações Laborais..
A proposta do executivo é também muito difícil de fazer cumprir, se nos lembrarmos de uma notícia que saiu há umas semanas onde se dizia que 42% das ETTS têm dívidas à Segurança Social, além de cometerem infracções graves às leis laborais. E não sabemos bem o que se passa nas outras empresas.
Vamos ver no que isto dá.

Os partidos apresentam propostas: o BE irá interpelar o Governo na próxima quinta-feira acerca deste problema, o PCP apresentou na passada sexta feira propostas na Assembleia da República para acabar com a precariedade, o PSD tenta com cinismo alargar o seu número de votos com o lançamento de um blog inactivo que defende a precariedade mas diz que não, o PP não pia..

A precariedade não é uma coisa inevitável. E para a evitar é preciso ter coragem. É preciso rever o código laboral e permitir alterações que permitam a estabilidade no emprego, que dê mais poder à concertação dos contratos com as pessoas que trabalham nas empresas, que nos garanta um fim da precariedade.

Marco Marques

segue a notícia do CM na íntegra

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