5ª feira, dia 11 de Março :: Concentração de professores das AECs em frente ao Ministério da Educação
Na próxima 5ª feira, dia 11 de Março, a luta dos professores das Actividades de Enriquecimento Curricular (AECs) chega à porta do Ministério da Educação. Perante a precarização generalizada deste profissionais, de Norte a Sul do país, os recrutamentos e contatação tantas vezes ilegais, quase sempre obrigados aos falsos recibos verdes e à subcontratação por empresas de trabalho temporário de ocasião, as milhares de pessoas que asseguram a “Escola a tempo inteiro” começam a organizar-se para recusar a forma como está a ser gerido este programa governamental.
Conforme divulgado no blog dos professores das AECs da Grande Lisboa, a concentração da proxima 5ª feira terá início a partir das 17h, em frente às instalações do Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa. No entanto, a iniciativa prolonga-se até ao final da tarde, para possibilitar que os profissionais se possam ir juntando e deixando as suas mensagens de protesto e exigência, após o seu horário de trabalho. Por volta das 18 horas, está previsto o ponto alto do protesto, com uma intervenção que representa os principais problemas vividos pelos milhares de profissionais das AECs.
Esta será uma primeira iniciativa em que o protesto destes profissionais sai para a rua e confronta directamente o Ministério da Educação com a sua opção de, ao delegar nas autarquias e ao excluir estes profissionais do âmbito do Ministério, se desresponsabilizar deste programa governamental, do qual faz tão sonora propaganda. Recordamos que também no Porto se mantém a organização e luta dos professores das AECs, que, depois de recrutados numa garagem e empurrados para os falsos recibos verdes, mantêm a sua exigência perante a empresa Edutec, a autarquia, a ACT e o Governo.
Os Precários Inflexíveis, que se juntaram ao Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e ao Movimento Escola Pública para o arranque desta mobilização, apelam a todos os professores das AECs e a todas as pessoas que não aceitam a degradação da Escola pública e a precarização de quem nela trabalha: a presença na concentração de 5ª feira é muito importante, pois só a mobilização e a visibilidade desta luta terminará com esta injustiça.
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