6000 pessoas perderam o emprego no comércio das grandes superfícies
Em apenas 12 meses os grandes centros comerciais despediram mais de 6 mil pessoas, de acordo com dados da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição citada pelo Público. Os patrões dos hipermercados dizem que reduziram estes postos de trabalho por causa da crise económica e queixam-se que o volume de vendas no setor reduziu 1,5% entre julho e setembro.
As áreas mais afetadas pela quebra do consumo são os bens de equipamento, entretenimento e vestuário, com menos 5,8% de vendas, sendo que a alimentação ainda não sofreu quebras visíveis.
Ana Isabel Trigo Morais da APED diz que os “ajustamentos na mão-de-obra” são uma questão “inevitável”, no entanto, como sabemos, o setor do comércio e serviços é o que tem maior prevalência de pessoas a ganhar o salário mínimo e há, cada vez mais, pessoas a trabalhar através de part-times involuntários, ou seja, pessoas que queriam fazer full-times, mas que as lojas não permitem.
Sabendo que a crise económica está, de facto, a afetar a procura só se podem entender despedimentos em grupos como o continente, o pingo doce, o jumbo ou os mosqueteiros – grupos que continuam a apresentar resultados positivos – se percebermos que os patrões destas empresas tudo farão para manterem as suas margens de lucro; nem que seja demitir 6000 pessoas.
Notícia Público.
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