A austeridade interminável

A austeridade na Europa está viva e de boa saúde, e irá prolongar-se, quase de certeza, na próxima década, uma vez que é quase certo que entraremos em recessão, e os próprios mentores desta austeridade, prevêm que só após 2020 é que atingirá tranquilidade. A Alemanha está na linha da frente, dita as regras e dá o exemplo para todos os outros que se limitam a tentar seguir-lhe os passos, rastejando.

A solidariedade europeia é uma mentira, fala-se numa Europa unida, num Euro forte, mas a verdade é que se o barco europeu se afundar, os países mais fortes serão os primeiros a utilizar os botes para fugir e deixar os outros entregues à sua sorte. As regras de mercado ditam tudo, a ganância pelo dinheiro/capital é tudo o que importa, grandes desequilíbrios sociais se estão a criar e agravar, o fosso entre ricos e pobres nunca foi tão grande como hoje. Qual a saída para isto?
As propostas que ecoam pela Europa sugerem mais do mesmo, mais austeridade, os sacrifícios já feitos são bons mas não chegam, é preciso mais austeridade para o próximo ano, de forma a alimentar este sistema (Fonte: Público). Cá o pensamento político completamente subjugado à economia de mercado, e às regras impostas por Bruxelas, sem qualquer resposta ou capacidade de pensar por si mesmo, irá seguir estas linhas de austeridade sugeridas por outros, nomeadamente a Alemanha, muito provavelmente mais preocupada como os alemães do que com os portugueses.
Os políticos portugueses, também mais preocupados consigo mesmo do que com os portugueses, andam também desnorteados, o Governo diz que as reformas estruturais são um exemplo internacional e que não é preciso mais austeridade nos próximos tempos (Fontes: Público; DN, >Economico), mas não fecham a porta para tal cenário (Fontes: Público, TSF, RR).
Passos Coelho desejoso de vestir o fato de Primeiro-Ministro a curto/médio prazo, aguarda pacientemente à medida que vai pedindo desculpas à população, vai interferindo/governando com o Governo de Sócrates e nas políticas deste, esperando que seja apenas o PS responsável por estas medidas menos atraentes para os votos da população, para depois em campanha eleitoral, aparecer como o inevitável salvador, e surgir como a alternativa, que não é, para Portugal (Fontes: Económico, Público).
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