A Crise dos Ricos
Pois é, estamos em crise! A crise afecta tudo e todos, dos mais pobres aos mais ricos. E é destes ultimos que vamos falar. Pelo terceiro ano consecutivo, o ranking elaborado pela revista Exame continua a demonstrar que os 25 mais ricos de Portugal vão ficando cada vez menos ricos (coitadinhos), e que a soma das suas fortunas já vale menos de dez por cento do PIB!!
Uma catástrofe! Um escândalo! Como se pode permitir que Belmiro de Azevedo perca fortuna!! Mantendo o segundo lugar do ranking, em 2010, o chairman da Sonae, tem uma fortuna avaliada em 1300 milhões, o que representa uma queda de 10,8 por cento face ao ano anterior!!
A lista continua a ser liderada por Américo Amorim, que tem agora uma fortuna avaliada em 2188,4 milhões de euros (subiu 9,1 por cento face ao ano anterior), tendo o empresário (que tem na Corticeira Amorim e na Galp Energia os seus principais activos) sido um dos seis nomes da lista que viram o seu património aumentar.
A maior subida foi protagonizada por Alexandre Soares dos Santos, patrão da Jerónimo Martins, e quarto colocado nesta lista da Exame: passou dos 665 milhões de euros contabilizados em 2009 para 1015 milhões atingidos em 2010.
No meio destes números e destes Senhores, o que dirão os cidadãos que desesperadamente procuram emprego, ou que têm um emprego precário, que têm de contar diariamente os tostões para viver e sobreviver!
Outros suspeitos do costume, a Banca, também têm mais lucros mas pagam menos ao fisco!! BCP, BES e BPI ganharam três milhões por dia mas pagaram menos um terço de impostos! Mas nem só da subida dos lucros se fazem as contas da boa performance da banca. É nas comissões que se assiste ao maior crescimento: os três grupos ganharam 952,9 milhões de euros, mais 115 milhões!! Como é possível?? Qual a explicação para a diferença entre o aumento dos lucros e a queda dos valores pagos ao Fisco?
São perguntas como esta que continuam insistentemente sem resposta, em nome da fatalidade da crise e da austeridade imposta! Austeridade imposta mas não para todos como estes dados comprovam.. Até quando os mais pobres e mais fracos vão continuar a pagar a crise?
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