A crise e o desemprego afectam ainda mais os jovens
A taxa de desemprego entre as pessoas com menos de 25 anos de idade passou de 16,4% para 22,7%, assim, falamos de 100 mil jovens desempregados, que representam cerca de 19% da totalidade da população desempregada. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a nível mundial, 7,8 milhões de jovens ficaram sem trabalho desde o início da crise e foram estes os mais afectados pelo desemprego. Por outro lado, “ficaram sujeitos a piores condições laborais e, mesmo que tenham mantido o emprego, viram aumentar a probabilidade de ficarem pobres”.
A OIT identifica ainda as mulheres como um sector da sociedade mais afectado pela falta de trabalho, comparativamente aos homens, sobretudo nos países mais pobres. Acrescentamos que, para além do desemprego, também são as mulheres, as mais afectadas pela precariedade.
Esta instituição denunciou, a nível mundial, o que por aqui vamos dizendo há muito para o caso Português: os desempregados são muitos mais do que dizem as estatísticas que se baseiam nos números dos centros de emprego. “A falta de empregos disponíveis desencorajou jovens de sequer procurar trabalho, deixando assim de figurar nas listas do desemprego”.
Apesar destes factos, sabemos que não são apenas os jovens que estão a pagar esta crise. A degradação das condições de trabalho e de vida representam um plano global, traçado por patrões e governantes, para a totalidade dos trabalhadores. Os jovens, ao representarem, em simultâneo, o sector mais fraco e mais produtivo da sociedade são apenas mais vulneráveis e apetecíveis a quem planeia o assalto.
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Notícia do JN