A denuncia de caso de corrupção na ACT não distrai sobre a impunidade generalizada dos patrões em Portugal

Uma notícia de hoje do JN identifica uma situação concreta de um inspector do trabalho a receber um suborno. Avança ainda que a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ) está a realizar a operação “Trabalhos dobrados”, que visa detectar situações de corrupção na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Apesar desta intervenção da PJ com vista a repor a legalidade na actividade de alguns inspectores ACT, nada justifica a inoperância de facto da Autoridade para as Condições do Trabalho desde que foi criada e pela impunidade com que os patrões deliquentes actuam em Portugal. Aliás, dentro da própria ACT foram identificadas dezenas de trabalhadores a falsos Recibos Verdes e nenhuma consequência existiu para o presidente da ACT dessa altura, Paulo Morgado de Carvalho

Os patrões deliquentes em Portugal saem quase sempre impunes, quer eles sejam a PT, a ACT, a Segurança Social, a Fundação Serralves ou o Metro do Porto. Não nos distraímos sobre aquilo que tem de ser respondido pela ACT e pelo Governo no imediato, que são algumas questões concretas, nomeadamente:
Nota: Ainda sobre o anterior responsável pela ACT – Paulo Morgado de Carvalho – lembramos que saiu impune da exploração e ilegalidade a que remeteu trabalhadores assalariados. Não respondeu pelas consequências legais decorrentes de patrocinar essa prática no coração da instituição que deveria forçar a aplicação da lei laboral. Paulo Morgado de Carvalho, colocado em primeira instância na ACT pelo PSD e depois reconduzido pelo PS, não só não foi alvo de qualquer processo ou investigação como regressa à magistratura assumindo o papel de Procurador da República.
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