A forma da exploração e precariedade

É transparente como a água. A subida de lucros, ainda para mais acima das expectativas, de alguém – Grupo Jerónimo Martins – que é detido por uma das pessoas mais ricas do país, demonstra o vazio do argumento que a crise económica mundial chega a todos. Não chega, pelo contrário.

Num contexto de crise enorme, que tem ajudado a comprimir ao máximo os direitos dos trabalhadores, que tem ajudado a precarizar como nunca se viu nas últimas décadas os direitos de quem vive do seu próprio trabalho, as grandes fortunas e os grandes grupos económicos continuam com resultados fulgurantes de acumulação de capital. Para eles, esta crise é apenas o abrandamento da acumulação de riqueza.

As crises sempre foram argumento para precarizar o trabalho e as condições de vida. Esta é mais uma prova da falácia do argumento. Enquanto uns têm cada vez menos para viver, ou sobreviver, outros acumulam. Enquanto nos dizem que no Pingo Doce ou no Feira Nova temos de receber, na melhor das hipóteses, o salário mínimo, o patrão acumula.

Como outros, Elísio Alexandre Soares dos Santos, que é o patrão do Grupo Jerónimo Martins, defende a diminuição dos salários dos trabalhadores e a precarização das condições e relações de trabalho.

Ao mesmo tempo, contra todo o naufrágio das bolsas reais (dos trabalhadores) e irreais, alguém acumula riqueza. São características da exploração da força de trabalho que somos…

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rUImAIA

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