A Garra :: Debate na FCSH :: Greve Geral não é um direito. São Muitos!
Via A Garra
Hoje decorreu o debate sobre a Greve Geral de 24 de Novembro, com a presença de Tiago Gillot , dos Precários Inflexíveis, movimento que direcciona o seu campo de acção para a condição dos trabalhadores precários, a aumentar exponencialmente em Portugal.
Houve uma boa contextualização da situação vivida actualmente, em que há a degradação progressiva das relações de trabalho, cada vez mais agravadas com os pacotes de austeridade disparados pelo Governo sucessivamente (PEC 1, PEC 2, PEC 3, oq ue virá a seguir??).
Resultados disto? Desemprego a aumentar, mais 2 milhões de pessoas em risco de entrar no limiar da pobreza, mais trabalho para menos salário.
Perante este cenário, a greve é necessária e a sua existência não é irrelevante como muitos tentam argumentar. É o instrumento privilegiado dos trabalhadores para fazer pressão sobre o Governo para revogar estas medidas de austeridade.
Surge, então, a pergunta: porque é que os estudantes devem aderir à Greve Geral? Como é que tudo isto os afecta?
Bom, em primeiro lugar, já pagamos 1000€ de propinas; além disso, quem depende do dinheiro dos pais para estudar, terá mais dificuldades porque os nossos pais também foram afectadas por baixas de salários, desemprego, subida de IVA, cortes sociais. Quanto a bolsas, os apoios sociais VÃO sofrer cortes, e as alterações de critérios para ter direito a bolsa são globais a todos os sectores, sendo que aos estudantes afecta de maneira muito directa pela não atribuição de bolsa.
Todos sabemos o que isto significa: mais dificuldades em pagar o Ensino Superior (cuja gratuitidade está contemplada na Constituição Portuguesa), muitos estudantes a desistir de estudar ou a nem sequer se candidatarem por saberem de antemão o que isso implica, menos Acção social, menos bolsas, menos residências.
Além do mais, quem vai colher os frutos destes PEC’s somos nós, futuros trabalhadores, com um futuro, neste momento não muito sorridente.
Por tudo o que foi ditoé importante que façamos desta Greve Geral uma greve generalizada, em que professores, funcionários e estudantes estejam juntos no seu espaço de trabalho, unidos contra as medidas de austeridade que, no final do dia, tocam a todos.
Dia 24 de Novembro adere à Greve Geral!
by