A partir de hoje o subsídio de desemprego muda para pior

A partir de hoje os trabalhadores e as trabalhadoras que ficarem desempregados terão acesso a um subsídio de desemprego mais curto e de menor valor: é assim que o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas vai diminuindo os direitos das pessoas e aprofundando a crise económica (ver notícia Público aqui).

Num momento em que existem mais de 1,244 milhões de desempregados em Portugal e que apenas cerca de 35% recebem subsídio de desemprego, Pedro Mota Soares, o Ministro da Solidariedade e Segurança Social vindo da bancada parlamentar do CDS, implementa esta reforma que ainda irá piorar mais a vida das pessoas.

O subsídio de desemprego continua a valer 65% do salário base, mas o máximo baixa de 1.258€ para apenas 1.048€. O valor mínimo da prestação social mantém-se nos 419,22€, ou seja, um indexante aos apoios sociais. Mas, passados 6 meses de desemprego, o valor do subsídio baixa 10%.

 E se para quem tinha mais de 40 anos e muitos anos de descontos o subsídio de desemprego ia até aos 38 meses, sendo, na pior das hipóteses para os mais novos com menos descontos de 9 meses, agora é no máximo de 26 meses e no mínimo de 5 meses.

Para justificar estes cortes brutais neste direito fundamental, o Ministro Pedro Mota Soares agarra-se à propaganda e diz que agora os casais desempregados têm uma majoração de 10% no subsídio de desemprego (há 2 anos, como líder parlamentar, defendia uma majoração de 20%) e que o prazo de garantia (tempo que tens de descontar para a Seg. Social para teres direito ao subsídio de desemprego) diminui de 15 para 12 meses.

Sobre o subsídio de desemprego para os trabalhadores a falsos recibos verdes o Ministro já nem fala, pois traiu todas as promessas e todas as pessoas nessa situação já perceberam que de nada lhes servirá um apoio a que é quase impossível aceder.

Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather