A precariedade que destrói a economia e o trabalho :: em números, no Público
Público: A progressiva precariedade dos contratos sempre foi – e continua a ser – explicada como necessária por razões de competitividade económica. Mas falta explicar ainda por que não tem contribuído para melhorar esse défice nacional.
1998 – 1/5 dos assalariados de idades até 34 anos tinha um contrato de trabalho não permanente.
2010 – 1/3 dos assalariados de idades até 34 anos tinha um contrato de trabalho não permanente.
O Publico explica hoje aquilo que vimos afirmando: a precariedade é uma condição que é não só introduzida através dos falsos recibos verdes mas também, e muito, pela contratação a termo que inclui os infinitamente renovados contratos a prazo ou os trabalhos temporários, através de Empresas de Trabalho Temporário – ETT.
Segundo o Público: É de admitir que os dados do INE sobre falsos recibos verdes estejam subavaliados (ver caixa). Mas, mesmo assim, entre 1998 a 2010, a contratação a prazo passou de 11 para 19 por cento do total dos assalariados. Actualmente, já são 720 mil pessoas, quando há doze anos eram menos de 400 mil. E essa tendência, ao que tudo indica, continuará.
O Publico detalha ainda mais o retrato da geração mais formada de sempre, aquela que serve de combustível às grandes empresas e à acumulação de capital numa economia a mando da banca: Quando se olha para o universo dos assalariados com idades entre 25 e 34 anos – em que se esperaria uma atenuação na contratação a termo, como acontece na União Europeia -, verifica-se que quase 30 por cento estão a prazo. Doze anos antes, eram 18 por cento. No escalão seguinte, entre 35 e 44 anos, a contratação a prazo toca 13 por cento desse universo, quando doze anos atrás era de 8 por cento. E mesmo para quem tem mais de 44 anos, passou de 4 para 8 por cento.
O que mudou entre 1998 e 2010 para os jovens até aos 24 anos:
– o número de assalariados baixou – de 587 mil para 300 mil
– diminuiu o número de contratos permanentes – de 379 mil para 132 mil.
– expandiram-se os contratos a prazo – de 30% para 50%
Porque nos parece que não poderia existir uma peça jornalística mais objectiva, transcrevemos o parágrafo final da peça do Público:
A progressiva precariedade dos contratos sempre foi – e continua a ser – explicada como necessária por razões de competitividade económica. Mas falta explicar ainda por que não tem contribuído para melhorar esse défice nacional.
Ver a notícia completa aqui.






