A receita do FMI para Portugal: + PRECARIEDADE
O Fundo Monetário Internacional (FMI), ditador de políticas de austeridade para “controle dos défices públicos”, voltou hoje a difundir a sua receita (cada vez mais usada) para uma suposta resolução da crise portuguesa. Tal teria que passar necessariamente por um aumento da flexibilidade laboral, voltando a utilizar os argumentos (habituais) de que a precariedade no emprego é a única forma de estabilizar e recuperar a economia.
As “receitas” do FMI para tentar saciar os insaciáveis mercados financeiros, utilizando políticas recessivas (que diminuirão o consumo interno), podem resumir-se aos seguintes “ingredientes”: reduzir a despesa pública, (ou melhor, o investimento em serviços públicos), privatização de serviços e bens públicos, liberalização do comércio sobre a forma de diminuição das regras aplicáveis aos movimentos financeiros e ampliação da flexi-precariedade no mercado de trabalho. Desta forma intensifica-se a competição com países de mão de obra barata e onde a exploração, quase escravidão laboral, é a regra. Tenta pois o FMI, a importação desse modelo para a Europa (em vez do contrário).
A Europa está a fervilhar com a austeridade imposta às suas pessoas, de forma a que seja paga a factura de de uma economia de exploração e de “activos” imaginários que geram lucros bem reais. Mas esses lucros são também o resultado de 2 anos a investir o dinheiro de todos, o dinheiro público, para impedir que os banqueiros e especuladores falissem.
Em França a luta adensa-se. Por cá, será feita a maior greve geral de sempre. Há quem refira que os líderes europeus da democracia doente desta Europa, são apoiados por entidades como o FMI, Agências de Rating, alta finança. Todos eles podem muito bem ser os coveiros da Europa, mas isso, se antes não se acender a indignação nas pessoas por tais medidas. As medidas que as pessoas receberam com o pretexto da saída de uma crise que tanto lhes foi alheia quanto hoje lhes é imposta: as condições da sua vida degradadas e hipotecadas… no fundo, deixarem de ter uma vida, com opções, com liberdade, com democracia.






