A República de pernas para o ar e os protestos na celebração da República

Quando se governa contra os cidadãos a República está de pernas para o ar
Todos já vimos as imagens de Cavaco Silva a hastear a bandeira de pernas para o ar na cerimónia de celebração da implantação da República e sabemos todos também dos protestos com que o Chefe de Estado foi brindado por parte de uma mulher desempregada e de uma cantora lírica que cantou Lopes Graça em protesto contra a austeridade (ver notícia Expresso aqui).

Vimos também que, para espanto de muitos, as comemorações do dia da República se fizeram à porta fechada e sem a presença do Primeiro Ministro que preferiu estar em Bratislava numa cimeira.

São momentos que nos fazem pensar que as pessoas que estão a ser fustigadas pela austeridade, pela precariedade e pelo desemprego não baixam os braços e querem dizer “basta!” ao regime de austeridade em todas as ocasiões e que este Governo já não ouve nem governa para os cidadãos.

Voltamos a lembrar aqui Antero de Quental, porque também nós, precários/as e desempregados/as, nos reivindicamos da igualdade republicana: “O pensamento e a ciência são republicanos, porque o génio criador vive de liberdade e só a República pode ser verdadeiramente livre […]. O trabalho e a indústria são republicanos, porque a actividade criadora quer segurança e estabilidade e só a República […] é estável e segura […]. A República é, no Estado, liberdade […]; na indústria, produção; no trabalho, segurança; na nação, força e independência. Para todos, riqueza; para todos, igualdade; para todos, luz.” (citação em: Wikipedia).

Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather