Acesso ao subsídio de desemprego está a demorar meses
Vários relatos que nos têm chegado dão conta de que os serviços da Segurança Social estão a demorar vários meses a comunicar a decisão sobre a atribuição de subsídio de desemprego. Este atraso é anormal e muito grave: para quem perde o emprego, o acesso rápido ao apoio é, não apenas um direito básico que decorre dos descontos que efectuou, mas sobretudo uma questão essencial num momento de dificuldade. Esta situação ocorre, mais uma vez, perante o silêncio e indiferença do ministro Pedro Mota Soares – que, mesmo quando confrontado no seu Facebook, prefere não responder. Aos serviços, dá instruções para responder a quem reclama com uma frase lacónica: “a sua situação ainda está em análise”. Depois de ter atrasado em vários dias o pagamento do subsídio no corrente mês, confirmamos o desprezo com que o Ministério encara quem está numa situação de desemprego.
É urgente conhecer o universo das pessoas afectadas por esta demora incompreensível e ouvirmos as explicações para, sem razão aparente, a decisão sobre a atribuição do subsídio passar a demorar meses (quando costumava ser comunicada num prazo de uma ou duas semanas). Entretanto, quem espera pelo acesso ao subsídio a que tem direito – processo que deveria ser urgente e uma prioridade total dos serviços -, desespera e confronta-se com dificuldades acrescidas no seu quotiano. A todas as pessoas afectadas, apelamos a que formalizem queixa junto dos serviços e que denunciem esta situação. Para qualquer dúvida ou sugestão, podem contactar-nos através do email precariosinflexiveis@gmail.com.
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Estou aqui com um problema, alguém pode ajudar?
Eu trabalhei oito dias efectivos (onze no total) numa empresa, via a sua própria empresa de emprego temporário. Após esses oito dias, pedi rescição de contrato, tendo sido obrigado a ir lá entregar uma carta para esse feito. Como nesse mesmo dia, era o dia de pagamento, eles pagaram logo.
Agora, passado quase um mês, recebo uma carta registada, a dizer que me pagaram mais do que devido (19 dias de trabalho, ao invés de apenas 11), e como tal, tenho que lhes pagar um X, nomeadamente, 91,74€, num prazo de quinze dias.
Isto é legal? Se me pagaram mais que o devido, o problema é deles, não meu. Eu agora tenho que ir repôr? Alegam para «repor valores pagos indevidamente».
Any help?
Ah, resta dizer que não assinei qualquer contrato, foi tudo oral; e não recebi qualquer recibo de vencimento dos dias em que trabalhei, foi tudo via MB.
Perdoem as calinadas: rescisão.
Estou irritado!
Filhos da puta!
Ainda vou ter que lhes pagar, não?!
Ou melhor, eu fui obrigado a assinar um papel, aquando da entrevista, na qual facultei os meus dados, nib, etc. Se isso era contrato ou não, não sei, mas também nada me disseram.
Estes cabrões são fodidos.
Ninguém pode esclarecer, esta questão?
Um trabalhador é obrigado a dar o dinheiro que recebeu a mais, por parte da entidade patronal?
Isto é ridículo.
Caro anónimo,
creio que o melhor é informares-te com uma advogada para saberes se a tua situação não dava direito a um contrato sem termo, de qualquer modo, como foste tu que rescindiste acho que não há nada a fazer. Provavelmente terás de devolver o pagamento em excesso, mas aconselho-te a fazeres as contas primeiro: quantos dias tens realmente a receber (indemnização, férias não tiradas, subsídio de natal) e quanto é que te pagam por cada um desses dias, devolvendo só a parte que realmente foi paga em excesso. É vulgar as empresas fazerem mal os cálculos.
Não tenho direito a subsídios. Eu trabalhei oito dias, com os dois fins de semana, eles contaram onze dias de trabalho, mas enganaram-se e pagaram-me dezanove.
E agora, passado um mês, mandam-me carta, a dizer que fora «emitido um boletim de vencimento com valor a repor de X», e que tenho «prazo máximo de quinze dias».
Só queria saber se sou obrigado ou não.
Na carta até diz: «O seu contrato de trabalho a termo, iniciado em X, terminou no dia Y», bla, bla.
O problema aqui é que eles pagaram-me mais, e agora querem o «excesso» de volta.
É legal?
Se for, pago, é na boa, que remédio, mas simplesmente é chato.
Posso dizer aqui que entreguei os os papeis para o desemprego a 6 de dezembro de 2012 e hoje (21 de março de 2013) ainda não recebi um tusto!!! Com 500€ de ordenado da mulher, um filho de 2 anos e casa, agua, luz e gas para pagar… isto esta bonito esta! Disseram que receberia entre 20 e 21 de Março mas já estou farto de ler que será a 22 a ordem de pagamento mas que posso só receber depois. para ajudar, 22 de março é sexta, ou seja… só lá para 25 de março com jeitinho. Esse ministro merecia umas poucas bofetadas!
Tens que pagar. Não tinhas direito a esse dinheiro certo? Se homenzinho e devolve o que não te pertence, é a lei mas também a moral, coisa que parece que não usas.
Beijos