Após a denúncia de alguns trabalhadores, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) inspeccionou a
Bracalândia, parque de diversões localizado em Penafiel, tendo detectado 46 situações ilegais, falsos recibos verdes, entre os 52 funcionários do parque gerido pela empresa Lusoparques. Estes trabalhadores desempenham funções diversas, cobradores de bilhetes, recepcionistas, controladores do espaço, empregados de bar e responsáveis pela limpeza, todos eles falsamente considerados trabalhadores independentes, pois cumpriam horários de trabalho, tinham remunerações fixas e regulares, tinham uma hierarquia de trabalho e utilizavam equipamentos e vestuário da empresa num local fixo de trabalho.
A empresa Lusoparques, que promoveu a precariedade desenfreada neste projecto, foi altamente favorecida com um investimento público que permitiu a instalação do parque nas condições actuais. Para ganhar o projecto a Câmara de Penafiel ofereceu 12 hectares de terreno, isentou o investimento de taxas municipais comprometeu-se a construir arruamentos, etc. No final a empresa demonstra o total desrespeito pelos cidadãos e aproveita-se da precariedade para suportar um projecto que é vendido com o traço da modernidade.
Em consequência a empresa poderá vir a ser penalizada com uma multa de 30 mil euros e com a impossibilidade de voltar a recorrer a apoios públicos. Esperamos obviamente que se faça justiça perante esta situação e saudamos a actuação da ACT neste caso – no entanto sabemos que, apesar da constatação das ilegalidades e das multas, a empresa não fica obrigada a celebrar os devidos contratos de trabalho e os trabalhadores não ficam protegidos até a uma eventual ida a tribunal. Além disso, não podemos deixar de questionar, por exemplo, porque motivo a situação de falsos recibos verdes detectada em moldes idênticos na
Fundação Serralves não mereceu o mesmo tratamento por parte desta entidade inspectiva.
Infelizmente os falsos recibos verdes estão por todo o lado e a impunidade reina entre os seus promotores: do retalho aos
ateliers de arquitectura, das amas da Segurança Social às Actividades de Enriquecimento Curricular, em todas as áreas de actividade e níveis de qualificação.
É evidente que a ACT tem muito trabalho pela frente que é urgente realizar, mas é preciso que a lei combata efectivamente a impunidade e se coloque do lado das vítimas da precariedade. Se a Lei Contra a Precariedade já estivesse em vigor, neste caso como em todos os outros, o trabalho da ACT estaria facilitado e teria as devidas consequências: proteger os trabalhadores, obrigando à celebração dos contratos de trabalho perante as evidências da existência de falsos recibos verdes. Obviamente solidários com estes trabalhadores da Bracalândia e com a sua luta pelos seus direitos, esperamos que não se repita o que já aconteceu em tantas outras situações e que sejam imediatamente celebrados os contratos de trabalho e repostos os direitos subtraídos durante o período em que foram prejudicados com os falsos recibos verdes.
Acho que estou a começar a ficar algo «doente mental»,de estar há demasiado tempo em casa,sem conseguir arranjar um emprego/trabalho (para aqueles, leprosos, que gostam de diferenciar).
Faço ideia a quantidade de gente na mesma situação. Ao fim de um tempo, andamos sempre irritados; sem paciência; com vontade de explodir; e algo paranóicos, até.
Não ter uma ocupação é uma autêntica merda. Mutilada totalmente uma pessoa.
Estudei, fiz um curso superior, melhor da turma no último ano, mas não consigo arranjar nada de nada há imenso tempo. Isto fode a mente de qualquer um.
Achei que devia desabafar. Deve haver muita gente a sentir o mesmo em silêncio.
o problema também passa por aí…a sociedade meteu na cabeça, que tirar um curso superior ..era uma garantia de emprego….estupidez completa!!!!!!
P.s.
ocupa o tempo em algo saúdavel, como volutatriado, ou assim..ajuda um pouco..se bem que para os meninos do bloco isso é trabalho…enfim, querem o Céu!!!
«Penúltimo»:
Tens uma certa razão quando dizes que a sociedade criou essa expectativa de que um curso era o «garante» para uma vida melhor, e agora vê-se confrontada com o «flop». Mas a verdade é que todo esse discurso de que ter estudos superiores, vulgo canudo, era o que garantia a vida, foi um discurso construído ao longo de décadas e décadas, pela sociedade ocidental, de um modo generalizado; e que aumentou de forma colossal, quando a classe média alargou, possibilitando estudos a uma série de gente.
Nos EUA há imensa gente licenciada em Ciências Sociais, por ex, que não consegue emprego/trabalho. O problema de Portugal é ter um tecido empresarial mesmo muito fraco. O mercado laboral em PT, por norma, é muito pouco dinâmico, inovador, competitivo, em época de crise, ainda fica pior.
Lá fora és licenciado, não arranjas trabalho na tua área, arranjas numa treta qualquer, mas sabes que mais tarde ou mais cedo, a tua vida melhora. Por exemplo, na Holanda perdes um emprego, na mesma semana ou máximo 15 dias tens outro. Há sempre muitas ofertas. Em PT nada disso.
Por exemplo, se uma pessoa com 28/30 não arranja emprego em lado nenhum – alguns sítios dizem que és velho ou tens habilitações a mais – imagina o que vai ser a tua vida quando tiveres 38 e este país bem pior.
Não podemos culpar as pessoas por terem ido para a universidade obter uma formação / diploma. As pessoas limitaram-se a usar as oportunidades, que, muitas vezes, os pais nunca tiveram, e, por isso mesmo, nunca conseguiram ser alguém na vida.
Isto é tudo muito complicado.
A verdade é que no tempo dos nossos pais aprendia-se profissões, hoje em dia não. Somos «todos» – os que podem, claro, pois, muita gente nunca tem essa possibilidade – formados no ensino superior, sabemos aquilo em que nos formamos ou algo mais, dependendo da experiência de empregos que vamos tendo, mas nada parecido com aquilo que os nossos pais fizeram ou sabiam.
A geração de 80/90 é a mais mutilada de sempre. Coitado daquele, por exemplo, que aos 40 fica sem emprego. Se um licenciado de 28 é velho ou tem estudos a mais, imagine-se alguém de 40 com poucos estudos. Ou aceita qualquer merda e cala-se, ou nem merda há para aceitar.
Eu, sinceramente, admira-me que a taxa de suicídios não tenha aumentado em PT desde 2008, início da crise nos EUA.
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