Administração das Páginas Amarelas (maioria PT) chantageia trabalhadores despedidos, isola-os e tenta boicotar Comissão de Trabalhadores

A administração das Páginas Amarelas tenta realizar um despedimento colectivo de 70 pessoas para que sejam substituídas por trabalhadores sem direitos, como sempre por intermédio de Empresas de Trabalho Temporário. É o exemplo clássico da reorganização do mercado de trabalho em curso.

A administração das Páginas Amarelas tem maioria da Portugal Telecom, através de 2 administradores nomeados pela PT e ainda o Presidente do Conselho da Administração, Raul Capela.
Lê a notícia TVNET, com base no comunicado da CT, que detalha a situação inaceitável que os trabalhadores e a CT enfrentam perante a administração das Páginas Amarelas. Vê também (clica em Ler mais… o vídeo do PI com a entrevista aos trabalhadores das PA).
Notícia TVNET:
Em comunicado, a Comissão de trabalhadores revela que “a forma como a Direcção está a conduzir este processo é inadmissível, hostiliza os trabalhadores e tenta marginalizar e liquidar os seus legítimos representantes”.

Acrescenta ainda que a administração “nega-se a negociar com a Comissão de Trabalhadores e não aceita nenhuma das propostas que esta fez”. Além disso, “faz chantagem com os trabalhadores, dando-lhes um prazo de 48 horas para aceitarem a última proposta e pratica a descriminação entre os trabalhadores, anunciando que retira a proposta constante da comunicação inicial do despedimento colectivo, sobre o cálculo da indemnização”.

Mas as acusações não ficam por aqui, a Comissão de Trabalhadores (CT) da Páginas Amarelas explica ainda que a administração da empresa boicota a divulgação dos comunicados da CT aos trabalhadores, impedindo-a de utilizar o correio electrónico interno da empresa. Coloca ainda os trabalhadores a prazo e em outsourcing a fazer horas extraordinárias durante fins-de-semana e feriados, excluindo os trabalhadores efectivos”.

A Comissão de Trabalhadores explica ainda que a proposta desta direcção é “inaceitável e ilegal” porque a empresa “recusa-se a considerar a remuneração efectiva dos trabalhadores, para o cálculo da indemnização, ao não incluir os subsídios e outros benefícios recebidos pelos trabalhadores de uma forma”.

Por isso, a Comissão de Trabalhadores “considera que não existem fundamentos para o despedimento colectivo dos 70 trabalhadores comunicado pela empresa” e revela que “novas formas de luta serão adoptadas junto do poder político e dos accionistas da empresa”.

E não descarta recorrer a Tribunal para pedir a suspensão do despedimento.

Via www.tvnet.pt

O movimento PI está solidário com os trabalhadores e a CT eleita. Estaremos ao lado dos trabalhadores contra a chantagem, o isolamento e o ataque às organizações que defendem os trabalhadores. Não aceitamos que os direitos fundamentais dos trabalhadores sejam negociáveis. Não aceitamos e não aceitaremos trabalho sem direitos. 

Facebooktwitterredditlinkedintumblrmailby feather