Amanhã, é dia de Greve Feminista Internacional!
As mulheres continuam a ser o género mais prejudicado na divisão do trabalho, reflexo dos preconceitos e discriminações que determinam as relações não só pessoais, como societais. O “mercado de trabalho”, sexista e fortemente explorador da mão-de-obra, que exige barata, está ainda munido de preconceitos de género, representando em pleno o patriarcado masculino que gere (mal) a sociedade, a economia e a política, subjugando as mulheres, em particular as mulheres pobres.
Precariedade, informalidade e subalternização das funções essenciais continua a ser a regra. As mulheres continuam a ser aquelas a quem mais se pede, a quem mais responsabilidade se exige, mas a quem se continua a recusar os devidos direitos e a devida proteção social.
E é por isto que esta greve, que mais do que uma greve laboral, é uma greve social, é tão importante. Porque põe no centro não só todas as desigualdades e violências, mas também, aquilo que é invisível na nossa sociedade. Mostra que este mundo, a que chamam o da economia real, só é possível porque existe um outro, o mundo da reprodução social. Mas é este mundo, que abrange os trabalhos invisibilizados, dos cuidados, dos trabalhos não remunerados e persistentemente desqualificados, que mantém a vida e a salvaguarda e que continua imerso em relações profundas de opressão e exploração.
Por isso reclamamos o reconhecimento social e económico do trabalho doméstico e dos cuidados, e um Serviço Nacional de Cuidados que responda às necessidades, que todas e todos nós atravessamos, nos diferentes momentos das nossas vidas.
Por um mundo justo, igualitário, solidário e ambientalmente sustentável.
Precárias e submissas nos querem, grevistas nos terão!
Juntem-se:
Às 17:30:
– Praça Giraldo, Évora
– Rossio, Viseu
Às 18h:
– Praça Joaquim de Melo Freitas, Aveiro
– Avenida Central, Braga
– Cantina IPB, Bragança
– Praça 8 de Maio, Coimbra
– Jardim Manuel Bívar, Faro
– Plataforma das Artes, Guimarães
– Praça 5 de Outubro, Leiria
– Tribunal, Vila Real
À 18:30:
– Porta Nova, Barcelos
– Alameda, Lisboa
– Praça dos Poveiros, Porto