Amas da Segurança Social convocam manifestação

A Associação dos Profissionais do Regime de Amas (APRA) convocou ontem uma concentração junto ao Ministério da Solidariedade e da Segurança Social no dia 21 de Novembro.

Esta mobilização pretende mostrar o derradeiro desespero que atravessam estas amas que trabalham para a Segurança Social por, nomeadamente, terem sido iniciados processos de penhora das suas contas bancárias, devida a dívidas à própria Segurança Social. A entidade empregadora (Estado) impõe-lhes um vencimento que, para além de ser reduzido, é atribuído através de falsos recibos verdes, aumentando de forma incomportável as contribuições das amas à Segurança Social, problema para o qual o ministro Pedro Mota Soares continua a não querer dar resposta.

Para além disso, cerca de 100 amas das creches familiares do distrito do Porto estarão desde Setembro sem receber parte do seu vencimento do próprio Ministério da Solidariedade e Segurança Social, como já divulgámos aqui. Queixam-se também de que a Segurança Social, apesar de estabelecer uma “obrigação de exclusividade” com o trabalho que estas amas fazem, atribui-lhes um vencimento que em muitos casos não ultrapassa os 560 euros mensais (sem subsídio de férias ou Natal).

Colega podemos alterar tudo isto se nos unirmos fazendo valer a nossa indignação, e desespero por não podermos trabalhar tranquilamente, com os nossos meninos, uma ama infeliz não sorri facilmente.


No dia 21 de Novembro juntamo-nos na Alameda D. Afonso Henriques, à saída do Metro, a partir das 14 horas, donde seguiremos para nos concentrarmos TODAS, junto ao Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, para que alguém nos responda às questões que nos afligem.  


VENHA TRAGA UM AMIGO TAMBÉM, a nossa união há-de fazer a força!!




A dívida destas profissionais à Segurança Social é falsa pois deviam ter sido celebrados contratos de trabalho pela entidade patronal, e assim, esta entidade deveria ter contribuído com 23,75% em vez de 0%. Às trabalhadoras caberia 11% de contribuição. Para além destas parcelas, as amas deviam ter tido acesso aos seus direitos enquanto trabalhadoras dependentes: carreira contributiva na Segurança Social, Subsídio de Férias, de Natal, de Doença, …

Por esta ser uma situação ilegal e um enorme desprezo pelo trabalho que estas amas fazem diariamente com crianças de famílias desfavorecidas, os Precários Inflexíveis associam-se a este apelo de mobilização e estarão neste dia mais uma vez juntos com estas trabalhadoras.

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