As razões da Greve Geral em Espanha | minuto-a-minuto
Pela primeira vez na história, haverá uma paralisação total da Península Ibérica, com Greve Geral convocada pelas principais centrais sindicais de Portugal e Espanha.
A 29 de Março de 2012, milhares de espanhóis saíram à rua, para protestar contra as alterações feitas ao código laboral que tornam mais fácil e mais barato despedir os trabalhadores. Quase 8 meses depois da sua entrada em vigor, confirma-se que a reforma do código laboral foi um fracasso e serviu apenas para acelerar a destruição do emprego. Assim a Confederación Sindical de Comisiones Obreras e a UGT – centrais sindicais espanholas – anunciaram uma guerra aberta contra as medidas do governo liderado por Mariano Rajoy, convocando a segunda Greve Geral deste ano.
Como em Portugal, as medidas do Governo do Partido Popular de Mariano Rajoy, basearam-se em cortes nos serviços públicos (os maiores cortes verificaram-se na educação e saúde), na redução dos salários (aumentando a carga horária semanal para 37.5 horas, cortando salários a trabalhadores com baixas, cortando 10% nos salários dos trabalhadores do sector público) e no aumento do IVA (de 18% para 21%). Estas medidas aliadas à alteração ao código laboral levaram a que a taxa de desemprego aumentasse ainda mais, passando de 20.9% para 24.6% entre Maio de 2011 e Maio de 2012, sendo a mais alta de toda a Europa.
A perda de bem-estar social e material gerada pela aplicação das medidas impostas pela direita europeia, são ataques ao modelo social europeu, agravam as desigualdades e a injustiça social.
É por tudo isto que no dia 14 de Novembro saímos à rua – para reclamar os nossos direitos, as nossas vidas.
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