Assunção Esteves envia para discussão pública proposta do Governo de extensão do tempo dos contratos a prazo

A Presidente da Assembleia da República enviou ontem, e no seguimento de um requerimento do Bloco de Esquerda apoiado pelo PCP, a proposta de extensão do tempo dos contratos a prazo de 3 anos para 4 anos e meio (ver aqui).
PSD e CDS queriam deixar passar esta proposta pelos pingos da chuva e queriam levá-la a discussão em Plenário esta sexta-feira. No entanto, o Código de Trabalho obriga a que todas as alterações ao Código do Trabalho sejam precedidas de uma discussão pública de 22 dias.

Assim, é expectável que esta lei que estende por 18 meses o tempo dos contratos a prazo só seja discutida e votada no início de 2012.

Mas o Governo de Passos Coelho e Portas continua a forçar esta lei que via impedir que centenas de milhares de pessoas passem a trabalhadores efectivos, mantendo-as na precariedade.

Mas Assunção Esteves, apesar de ter cumprido a lei, não esteve bem porque afirmou: “Na anterior legislatura, há pelo menos cinco exemplos de diplomas na área do trabalho que foram discutidos na generalidade antes da conclusão do prazo para a audição pública. Outros cinco diplomas foram mesmo votados antes do fim do prazo para a audição pública ter terminado, havendo, como tal, antecedentes vários para todos os gostos nas anteriores legislaturas”. Se na anterior legislatura a lei não se cumpriu isso não pode servir de argumento para que não se cumpra agora.

Os Precários Inflexíveis relembram que mais de 25 mil pessoas já assinaram a Lei contra a Precariedade que exige exactamente o contrário, ou seja, que o prazo máximo dos contratos a termo seja de 18 meses.

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