Autarquia sem Precários :: C.M.Sintra instrutores de natação e hidroginástica a falsos recibos verdes “despedidos”
Este desfecho, a confirmar-se, é da maior gravidade. Perante a ilegalidade, uma empresa municipal, com as especiais responsabilidades a que não pode fugir, sob autoridade da Câmara Municipal de Sintra – e, em particular, do seu Presidente Fernando Seara –, renova um comportamento que se serve da ilegalidade para impor piores condições aos seus trabalhadores e, com toda a facilidade, lhes retirar um posto de trabalho a que deveriam ter direito.
Ficamos também a saber que, perante este cenário, a revolta é grande entre alunos, a quem foi garantido que estes profissionais continuariam a desempenhar as suas funções, que são reconhecidas por toda a gente que frequenta aquele equipamento. Sim, terá sido o próprio Presidente da “EDUCA”, António Canelas, que garantiu a estes profissionais, pressionado pelos alunos e depois de muita insistência dos próprios trabalhadores, em reunião durante o período de férias, que em Setembro estes trabalhadores regressariam às suas funções.
Recordamos que o Presidente da “EDUCA”, aquando da divulgação do primeiro testemunho, viu-se obrigado a prestar as seguintes declarações ao Rádio clube de Sintra: “não temos ninguém a falsos recibos verdes… o que acontece é que temos alguns prestadores de serviços, (…) cinco… ou seis… ou sete, (…) a quem convidamos para dar algumas aulas nas nossas instalações (…) abaixo daquilo que será um horário completo (…)”. Perante a evidência desta confusão entre trabalho a tempo parcial e prestação de serviços – com claro prejuízo para os direitos dos trabalhadores –, podemos, infelizmente, esperar tudo.
Se, depois de todas as insistências, continuarmos sem obter as respostas que toda a gente tem que conhecer, não teremos, perante a gravidade da situação, alternativa a classificar Sintra como “Autarquia Com Precários”.
Continuamos, nesta e em todas as autarquias do país a procurar histórias que retiram da obscuridade a precariedade e os compromissos políticos inadiáveis para terminar com esta triste realidade. Hoje, cerca de dois meses depois de termos arrancado com esta iniciativa, sabemos que está a valer a pena fazê-la e que estamos a contribuir para enfrentar a precariedade nas autarquias portuguesas.