Bélgica: Greve Geral paralisa o país

Em resposta às medidas de austeridade propostas pelo novo governo belga, liderado por Elio di Rupo, hoje o país respondeu massivamente ao apelo de uma Greve Geral.

Entre os principais motivos elencados em mais um plano selvagem de austeridade a aplicar a um país europeu, os belgas contestam em particular a proposta de novo regime de pensões, que propõe o adiamento da idade de reforma em 2 anos, dos 60 para os 62. Sem ter havido quaisquer conversações com os parceiros sociais, o ministro das Pensões deste governo de coligação, Vincent van Quickenborne ,apresentou o diploma e pretende que o mesmo seja votado ainda hoje. Lá, como cá, o poder vem defender a inevitabilidade destas medidas regressivas, afirmando que as reformas “não poderão ser alteradas”.
Os serviços de transportes paralisaram totalmente, com a imprensa, escolas, hospitais públicos, penitenciárias e cadeias de televisão a aderirem massivamente.
O governo da Bélgica gastou pelo menos 12,2 mil milhões de euros de dinheiros públicos no resgate de bancos privados desde o início da crise em 2008 (o Fortis recebeu 4,7 mil milhões de euros em 2008, o KBK 3,5 mil milhões em 2009 e o Dexia 4 mil milhões em 2011). No entanto a crise política que durou um ano e meio no país, em que este não teve governo e o orçamento de estado se manteve o mesmo ,permitiu que no país não fossem aplicadas medidas de austeridade. Durante este período o PIB país cresceu em média 0,48%. A entrada do novo governo e da austeridade marcou a entrada no vermelho e no espectro da recessão. A resposta popular não se fez tardar.
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