Bolseiros manifestaram-se em frente ao parlamento para exigir direitos

Enquanto Cavaco Silva tenta convencer os investigadores portugueses no estrangeiro a voltarem (aqui), os que ainda por cá andam juntam-se para lutar pelo respeito pelo seu trabalho e pela Investigação Científica portuguesa.

Hoje, numa manifestação em frente à Assembleia da República, organizada pela Associação dos Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), estiveram presentes 200 bolseiros que juntaram histórias, denúncias e reivindicações, tendo sido a maior de todas até hoje.

Aproveitando o fim da votação do Orçamento de Estado de 2010, estes bolseiros vieram em defesa do novo Estatuto de Bolseiro que impeça a continuação de bolsas precárias para cientistas que já não se encontram em período de formação e que, com toda a sua experiência e profissionalismo, desempenham um papel fundamental na criação de trabalho científico.

Outras questões fundamentais são o acesso ao Regime Geral de Segurança Social, incluindo o subsídio de desemprego, e a falta de actualização dos valores das bolsas que se estão congelados desde 2002.

O alto nível de qualificação dos bolseiros esbarra contra a insegurança laboral e ausência de direitos que lhes é imposta pelo Ministro Mariano Gago, que já veio dizer que neste Orçamento não há qualquer intenção de actualização dos montantes das bolsas. Também não reconheceu a existência de falsos bolseiros, nem se comprometeu com a atribuição de contratos de trabalho ao pós-docs. Este é o Ministro da precariedade na Ciência.
Hoje os bolseiros de investigação científica deram mais um passo para recuperar os seus direitos e pela luta por uma carreira científica em Portugal.
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