Bruxelas diz que Portugal tem de aumentar a dose de austeridade
Foram 3 anos de troika, 12 avaliações “positivas” do FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, mas depois da saída da troika que deveria ter sido o fim do programa de ajustamento, todos os meses a Comissão Europeia e o FMI insistem: ainda é preciso mais.
A Comissão rejeita as previsões do governo de Passos e Portas, dizendo que são “demasiado optimistas” e que não prevêem medidas de consolidação suficientes para tapar o buraco do défice, porque não acreditam que o governo consiga ir abaixo dos 3%, como garante nas suas previsões.
Ou seja, Bruxelas acha que Portugal não consegue cumprir as regras do Tratado Orçamental e para as cumprir exige que se aumente a dose de austeridade e diz como: reduzir as pensões, reduzir os salários, não aumentar os apoios sociais, reduzir mais a despesa do Estado (Serviço Nacional de Saúde, Escola Pública, etc) e garantir que o aumento do salário mínimo não sobre nos próximos anos.
Austeridade versão 3.0: depois dos PEC’s do governo Sócrates, da austeridade de leão da troika e de Passos, Bruxelas exige que se mantenha uma austeridade eterna e extrema.
Mas há outros países que ficaram na mira da Europa por “desiquilibrios” e não cumprimento do Tratado Orçamental que terão de aplicar austeridade extra: Reino Unido, Finlândia, França, Bulgária, Croácia, Itália, Irelanda, Espanha, Eslovénia, Hungria, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia.
Assim, só 10 países dos 27 da UE ou só 5 dos 19 países do euro conseguem cumprir as regras da Europa. Todos os outros vão ter de aplicar austeridade apesar dos impactos que isso terá no emprego e na economia.
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