Bruxelas propõe Austeridade Permanente
Perante agitações no mercado financeiro, a Comissão Europeia propõe que os povos façam um novo “bailout” aos bancos, pagando as dívidas dos mesmos através de cortes na Saúde, Educação, Emprego, em todas as estruturas públicas e sociais que garantem o funcionamento da sociedade em moldes relativamente justos. Agora até o relativamente querem tirar. A sociedade é para ser injusta, dizem. No fundo querem pagar as dívidas dos bancos com cortes na base das sociedades. E propõe que estes cortes sejam permanentes de hoje em diante, destruindo irreversivelmente os avanços civilizacionais obtidos nos últimos dois séculos.
Perante a total incapacidade da Comissão Europeia de encontrar políticas que não agravem ainda mais a situação económica, a mesma vem pedir a instituição como regra da austeridade para os países europeus. As medidas até hoje tomadas, que fazem parte do mesmo receituário liberal que a União Europeia assumiu como seu, só agravaram a situação económica, social e política da região.
Depois de ameaçar os países “incumpridores” de cortar as verbas comunitárias (para as quais todos os países contribuem) no caso de incumprimentos, vem agora instituir uma espécie de Estado Draconiano Europeu, que só tem para oferecer austeridade, despotismo e repressão. A retórica da Europa Social caiu. Agora, a Europa dos Ricos mostra-se com a sua plena e verdadeira face. Apesar desta proposta vir da Comissão, esta já não passa de um ventríloquo, controlado a 100% pelos governos alemão e francês, que já anunciam despudoradamente as políticas para os outros países, mesmo sem a capa da UE.
Cai portanto a máscara.
Depois de na semana passada termos sabido que a Europa iria enviar para Portugal técnicos (leia-se Governadores) para ajudar à transição dolorosa para a austeridade, ficamos a saber que a proposta é que esta austeridade não seja temporária mas permanente. Não há portanto, como há muito defendemos, qualquer objectivo económico com esta austeridade e ela não acabará de modo algum com a crise – antes ainda, agravá-la-á. A austeridade é unicamente um projecto político para a destruição e subjugação dos povos e dos trabalhadores à vontade das elites locais, capatazes da Europa Central. É a ferramenta para um novo colonialismo imposto pela nova religião dos mercados.
Dia 15 de Outubro luta-se pela independência, a nível global. A Democracia está a ser sufocada e cada dia que passa, cada medida austeritária que é implementada, aperta mais o garrote da sociedade, da liberdade, dos direitos.
http://aeiou.expresso.pt/bruxelas-defende-medidas-de-austeridade-em-permanencia=f679472
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como se a manif internacional defendesse alguma coisa.
leiam o artigo do Pedro Lomba de hoje no Público, e pensem….
uma sociedade que não produz, não pode andar a mamar…e a por as culpas nas elites como os radicais goastam de apelidar, as pessoas com muito dinheiro. Amadureçam, e deixem-se de tretas. Vão ao mapa dos census…e vejam onde não há população. vão para lá….colonizem..trabalhem…e sejam felizes.