Bruxelas volta a dar ordens a Portugal: até fim de abril têm de ter mais precariedade
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros Pierre Moscovici visitou ontem o Parlamento português dizendo que tinha que “manter uma posição de independência e neutralidade”, mas apesar de elogiar o “ajustamento” que a troika e o governo de Passos e Portas fizeram foi avisando: não chega.
A equipa técnica da Comissão Europeia informou o governo até ao fim de abril tem de ser apresentado um Plano nacional de Reformas para tratar de sete áreas problemáticas.
E face a um desemprego real de 29%m uma taxa de pobreza de 20% e uma dívida externa (pública e privada) acima dos 234% do PIB e um investimento a descer mais de 60% no Estado e 36% no setor privado, o que escolheu a Comissão Europeia como problema número um? A “pouca flexibilidade do mercado do trabalho”.
Sempre a mesma desculpa. O problema do desemprego alto é que a precariedade ainda não é suficiente. Não interessa que o governo e a troika tenham destruido a contratação coletiva, tenham permitido despedimentos com regras arbitrárias, tenham embaratecido os despedimentos e tenham reduzido o subsídio de desemprego. Nunca chega. É preciso sempre mais precariedade para a Europa da Finança.
“Muito foi feito, muito continua por fazer”, disse Pierre Moscovici.
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