Caldas da Rainha :: Presidente da CM prefere os Call-Centers do GES. Mas afinal há alternativas…
Isto significa que, com os 700.000€ que a CM ofereceu ao Grupo Espírito Santo e ao seu administrador Pedro Champalimaud para explorar mais 350 precários, poderia mesmo ajudar a criar o mesmo número de postos de trabalho, de maior qualidade, com a diferença de que o Grupo Espírito Santo e Champalimaud não iriam reter parte dos salários, já muito baixos, dos precários que trabalham no seu Call-Center.
Ou seja, com o mesmo valor que a CM ofereceu ao GES, o município perdeu a oportunidade de criar emprego não precário fornecendo às pessoas ferramentas para ultrapassarem a crise. Certamente fixaria mais conhecimento no município do que oferecendo a ampliação do Call-Center ao Grupo Espírito Santo.
Concluímos ainda que a realidade contradiz o Presidente da CM, Fernando Costa do PSD, que disse que “mais vale aquele emprego do que nenhum”, para comentar que “há pior do que aquele call center”. Na verdade, com o mesmo dinheiro é possível muito melhor para os trabalhadores, quando os responsáveis das autarquias não se vergam ao peso do patronato que procura a renda no trabalho das pessoas.
Essa é a explicação que o Presidente da CM deve aos munícipes das Caldas da Rainha. Porque motivo prefere ajudar a criar empregos precários através de rendas oferecidas ao Grupo Espírito Santo, em vez de apoiar os desempregados com qualificações e conhecimentos que podem ser aplicados quando as pessoas têm oportunidades?
O Presidente da CM, Fernando Costa, corre o risco de ter de acolher no “Caldas Empreende” alguns dos precários que “empreenderam” a sua força de trabalho no Call-Center do Espírito Santo e em troca tiveram a precariedade, a exploração e o mais do que certo futuro desemprego.
Precários Inflexíveis
20 postos de trabalho mais que merecidos dados como esmola: Esta gente não tem vergonha!
Na constituição da república e na própria carta de declaração dos direitos humanos o trabalho é considerado um direito e um veiculo para uma vida digna; nesta crise do capitalismo onde todos são marxistas é esta a demonstração do marxismo do capital: um marxismo de fachada que nem chega sequer a ser social-democracia. Toda esta hipocrisia enjoa-me!