Caridade não é solução

Mohammad Tanhai / Iran
Mais uma vez se fala no Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social, que para que se saiba, foi também o ano em que se impôs mais austeridade e se criou mais pobreza em todo o Espaço Europeu. Por isso é que não há nada a dizer em relação ao balanço desta iniciativa, cujo único objectivo, foi fazer alguma lavagem das políticas de austeridade através do reforço de algumas redes de solidariedade que conseguem almofadar muitas famílias, que recorrem à caridade de muitas outras, para conseguirem sobreviver. Todas as políticas que iam no sentido de reduzir a pobreza, anunciadas em Fevereiro pela Ministra do Trabalho, foram travadas pelos cortes orçamentais.

Aqui está o resumo que vem hoje na imprensa sobre esta campanha:

“Portugal foi um país que deu importância ao Ano Europeu Contra a Pobreza com 135 mil visitas no site oficial e 18 mil fãs no Facebook. Em 2010, a situação de muitas famílias agravou-se e Portugal liderou a tabela dos europeus com mais crianças pobres. As expectativas para 2011 não são melhores.”

Acompanhado de duras críticas do padre Jardim Moreira, coordenador da Rede Europeia Anti-Pobreza:

«Este ano não é um positivo para muita gente mas no próximo, com as propostas e agravamentos que vão ser impostos à sociedade portuguesa, vão piorar as condições de muita gente».

«Portugal foi o país onde mais se cuidou e discutiu a pobreza, mas ficou-se muito na resposta assistencialista e essa não muda, não acaba com o problema».

para ler na íntegra aqui
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