Carvalho da Silva defende abandono imediato da revisão do Código do Trabalho
Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, falando aos jornalistas no âmbito de uma conferência sobre “Direito do Trabalho – a Reforma da Legislação Laboral”, que decorreu hoje no Porto, defendeu o abandono imediato da revisão do Código do Trabalho, afirmando que “não é com a intensificação da exploração do trabalho” que se responde à crise que ameaça agudizar ainda mais as dificuldades que sente quem vive do seu trabalho: “os aspectos fundamentais desta revisão nunca se justificaram, mas justificam-se menos agora neste contexto de crise”.
Já o ministro Vieira da Silva insistiu na defesa do “acordo” que impôs a revisão do Código do Trabalho, utilizando a argumentação do costume para fingir que não cedeu aos patrões (apesar de serem eles mesmos a dizê-lo, como Van Zeller não pára de fazer):
“ceder é um palavra que não faz muito parte do meu vocabulário, no sentido em que aquilo a que normalmente alguns chamam ceder eu chamo buscar compromissos”.
E, comentando a opinião de Carvalho da Silva, deixou escapar algumas palavras enigmáticas: “nunca nada está concluído quando se trata destas questões, não tenho a mínima aspiração a que esta mudança seja uma mudança definitiva”.
Não esperamos que Vieira da Silva se arrependa, mas…
Vídeo RTP (“Jornal da Tarde”, 09/10/2008), aqui.
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