Centro Social de Miragaia em luta. Câmara Municipal do Porto e Segurança Social ignoram trabalhadoras e moradores
Os trabalhadores do Centro Social da Paróquia de Miragaia manifestaram-se ontem, frente ao edifício da Câmara do Porto, onde decorreu a Assembleia Municipal, contra o fecho da instituição e o despedimento ilegal das trabalhadoras anunciado pela diocese do Porto.
Esta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), que recebe financiamento público, foi fundada em 1961 e emprega, atualmente, 25 trabalhadores que prestam serviço a cerca de 200 utentes em diversos domínios como creche, pré-escolar, ocupação de tempos livres, centro de dia e apoio domiciliário.
O Movimento pelo Cspm Miragaia – NÃO AO ENCERRAMENTO, refere na sua petição que “A construção e manutenção desta Instituição só foi e continua a ser possível graças à mobilização de uma Comunidade que se empenhou na angariação de fundos e no processo de edificação do Centro Social. Esse grande objetivo foi sendo concretizado e desenvolvido ao longo de várias décadas, através de um conjunto de respostas sociais integradas, que visam promover o desenvolvimento da comunidade onde estamos inseridos.”
A diocese do Porto, que inicialmente prometeu avançar com um plano de indemnizações por despedimento para parte das trabalhadoras, rapidamente assumiu a posição de fecho total da instituição, mostrando disponível para “ajudar as trabalhadoras a encontrar outros postos de trabalho”, recusando pagar qualquer verba.
Queixando-se também da constante pressão imobiliária na freguesia, os moradores de Miragaia têm participado nas várias iniciativas de protesto organizadas em conjunto com as trabalhadoras.
Até o momento, e depois de várias denúncias, a Câmara Municipal do Porto e o Ministério do Trabalho , Solidariedade e Segurança Social continuam sem dar resposta ou qualquer apoio à comunidade.
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