CESP: organização dos trabalhadores derrota imposição de horários desumanos

O CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal) divulgou em comunicado o seu balanço da luta contra a tentativa de imposição por parte dos patrões do comércio de horários que podiam chegar às 12 horas diárias e às 60 horas semanais.

O sindicato fala na importância da organização dos trabalhadores para derrotar aquela “proposta desumana” e sublinha que a retirada do pré-aviso de greve resulta também dum grande consenso sobre a injustiça das intenções dos patrões “ente todos os trabalhadores, incluindo quadros e chefias, e na opinião pública”.
A recusa da aplicação da “flexisegurança à portuguesa”, dos horários fixados na véspera e todas as violências sobre os trabalhadores, são outros pontos acentuados pelo CESP, que não deixa de repudiar a recente ofensiva sobre o aumento do salário mínimo nacional e denunciar a utilização da Segurança Social para “financiar empresas e empresários inviáveis”.

Os Precários Inflexíveis reafirmam a sua solidariedade para com os trabalhadores do comércio e saúdam o recuo dos patrões. E, mais uma vez, afirmamos a nossa total oposição ao Código do Trabalho que Vieira da Silva assinou com Van Zeller e outros que tais: se alguém tinha dúvidas, está esclarecido o que significa “adaptabilidade”, “competitividade” e outras engenharias da comunicação de massas. Trata-se pura e simplesmente de degradar as condições de trabalho, a qualidade do emprego (quando existe) e de impor novas fronteiras à exploração e à ganância.

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