CGTP abandona concertação social por causa das alterações à lei dos despedimentos

A concertação social, que reúne Governo, patrões e sindicatos, reuniu ontem sobre as alterações ao Código do Trabalho em matéria de despedimentos e sobre o fundo para financiar os despedimentos. Antes do final da reunião, a comitiva da CGTP decidiu abandonar as conversações por considerar que o Governo estava a secundarizar a discussão sobre o fundo dos despedimentos.
De facto, o Governo já apresentou a Proposta de Lei sobre a redução do valor da compensação em caso de despedimento de 30 para 20 dias e hoje mesmo essa proposta será votada na generalidade na Assembleia da República, isto apesar do Código do Trabalho determinar que qualquer alteração à lei laboral deve estar em discussão pública 20 dias úteis. Ou seja, com pressa de mostrar trabalho à troika Assumpção Esteves, a Presidente da Assembleia da República, desrespeitou a lei e abriu um grave precedente.

Carvalho da Silva, à saída da concertação social, afirmou: “uma coisa podem ter a certeza: os patrões, os accionistas das empresas não pagam fundo. Se estamos à espera dessa bondade, não haverá bondade”. Para além disso, o sindicalista alertou que: “Nos próximos seis a oito anos o país pode perder meio milhão de pessoas da geração mais jovem”

Notícia Jornal de Negócios aqui.

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