CGTP abandona farsa de Concertação Social

A CGTP abandonou a reunião ao fim de uma hora. Segundo Carvalho da Silva, esta Concertação Social “é uma farsa”. Confirmando que este governo não se rege por um registo de democracia, afirmou que “não há disponibilidade do Governo para discutir conteúdos” e que “a intenção do Governo é pôr os portugueses a pão e água”Carvalho da Silva alertou ainda que as políticas da troika impostas a Portugal, a serem seguidas pelos governos consecutivos, terão como consequência que “em breve teremos mais 200 mil desempregados”. As imagens de conciliadores e democratas consecutivamente produzidas pelos Ministros, incluindo Passos Coelho, são também consecutivamente traídas pelos seus próprios actos. Enquanto Álvaro Santos Pereira (o tal que veio de fora) afirma que o “Diálogo social fundamental em momento de emergência nacional”, Vítor Gaspar (o tal da fala lenta) louva o “consenso nacional” quanto à “necessidade de ajustamento”, o governo, tendo como responsável máximo Passos Coelho, apela apelo ao diálogo. Eles mentem de cada vez que se dirigem aos cidadãos.

Tal como afirma a CGTP pela voz de Carvalho da Silva, está na hora de dizer não, desobedecendo ao poder, hierárquico, patronal e governativo, para que não larguemos das nossas mãos os direitos que conseguimos obter e manter até hoje. Num país profundamente desigual e de trabalho precário,querem-nos fazer acreditar que a privatização da Segurança Social, Saúde e Educação nos vai trazer mais liberdade de escolha… Pois nós sabemos que não é assim. Querem fazer-nos acreditar que se tivermos menos direitos e menos salários haverá mais oportunidades para quem quer trabalhar e ser independente…
Nós já sabemos o que é o sector privado na esmagadora maioria das empresas: baixos salários, exploração, falta de oportunidades, amiguismo, jobs-for-the-boys, assédio, corrupção, compadrio… A privatização daquilo que é nosso quer dizer que se vai dar liberdade total para o individualismo de quem tem muito e a inexistência completa de hipóteses ou escolhas para quem tem pouco ou nada. Não queremos perder tudo,… e cada vez temos menos a perder num país governado por grupos económicos internacionais não eleitos, e em que toda a responsabilidade temos de exigir ao governo de fantoches de Passos Coelho e Paulo Portas.
Não vamos aceitar.
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