CGTP defende aumento do salário mínimo e nova taxa sobre transacções em bolsa

Arménio Carlos afirmou ontem, à saída duma audiência com o Presidente da República, que é “inevitável” uma subida do salário mínimo nacional para 515 euros ainda este ano. O secretário-geral da CGTP defendeu ainda a atribuição do subsídio social de desemprego a todos os desempregados que hoje não têm qualquer apoio, financiado a partir dum “ligeiro aumento da taxa a aplicar aos lucros e dividendos”. A taxação das transacções bolsistas deveria também servir para arrecadar o montante que corresponde à decisão recente do Tribunal Constitucional relativamente aos cortes nos 13º e 14º salários. “Assim há solução”, adiantando ainda que o Governo devia repor os subsídios ainda este ano.
Foto: Sol
Nesta reunião com Cavaco Silva, que ontem recebeu também uma delegação da UGT, as duas centrais sindicais foram unânimes na denúncia da ameaça generalizada à contratação colectiva e na recusa enérgica de mais austeridade. Perante a perspectiva de se estender os cortes nos rendimentos aos trabalhadores do sector privado, as centrais sindicais recusam liminarmente um imposto extraordinário sobre os trabalhadores do público e do privado. Arménio Carlos afirmou ainda não ser inaceitável a situação actual e qualquer tentativa de aumentar ainda mais outros impostos, como o IVA ou o IMI: “Há alternativas e há soluções, é preciso é que haja vontade política”.

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