Clara Novo, Bélgica :: Investigadores pelo Mundo

Esta semana retomamos o dossier “Investigadores pelo Mundo” com dois testemunhos: Clara Novo, a fazer um pós-doutoramento na Bélgica; e Kristina T., a fazer um doutoramento na Noruega.

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Clara Novo explica que tendo um contrato a tempo determinado, desconta para a reforma, tem acesso a subsídio de desemprego e o seu instituto paga-lhe 50% do passe de transportes. A precariedade na investigação em Portugal claramente não é a única opção.

1.Que investigação fazes (IC, PhD, pós doc, etc), área profissional, e o teu trabalho está integrado num projecto de investigação mais amplo ou é um projecto individual?

Pós-doutoramento em mecanismos moleculares na área do cancro; o projeto é individual.

2. Que tipo de vínculo contratual tens (bolsa, contrato, etc)? Financiado por quem?  Sempre foi assim?

Bolsa de pós-doutoramento, contrato a tempo determinado, financiado pela Universidade onde desenvolvo investigação.

3. Que tipo de vínculo têm os teus pares (colegas de laboratorio, professores, orientadores)?

A maioria tem contrato a tempo determinado (doutoramento ou pós-doutoramento), muito poucos têm contratos indeterminados (técnicos e PIs).

4. Baseando-te na tua experiência, quais as principais diferenças que encontras relativamente à investigação em Portugal?

Apesar de ter uma bolsa de pós-doutoramento, desconto para a reforma e tenho direito a subsídio de desemprego. No entanto estou isenta de pagar impostos e por isso não estou coberta por seguro de saúde. Para além disso, o Instituto onde trabalho paga 50% do meu passe mensal de transportes públicos.

5. Tens apoio para fazer uma temporada/trabalho de campo noutro instituto/país para melhorar a investigação que fazes?

Não.

6. Qual a percepção pública dos investigadores no país onde trabalhas?

Bastante “alien”, sabe-se que os cientistas fazem algo importante mas não sabem exatamente o que fazemos nem porque demora tanto tempo a ter resultados para a sociedade como por exemplo a “curar o cancro”.

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