Comunicado 15O sobre Greve Geral e manifestação em Lisboa: "O país pára e o povo sai à rua!"
No passado dia 15 de Outubro, a manifestação que juntou em Lisboa milhares de pessoas apelou a uma Greve Geral. Depois da sua convocação conjunta pela CGTP e UGT, a plataforma que organizou a mobilização do dia 15 de Outubro em Lisboa anunciou o seu apoio à paralisação do próximo dia 24 de Novembro e a realização de uma manifestação nesse dia de luta. A manifestação está anunciada para as 14h30 no Marquês de Pombal, donde parte para o Rossio (para encontrar a concentração de trabalhadores organizada pela CGTP), seguindo depois para São Bento. Esperamos e trabalhamos para que esta seja uma grande manifestação, num grande dia de paralisação dos trabalhadores. Apelamos, portanto, nesta convocatória aberta, à participação de todos os movimentos e de todas as pessoas: mais e menos precários, com e sem emprego, já reformados ou ainda estudantes – todas as vítimas do regime da austeridade são importantes nesta jornada.
No comunicado divulgado hoje pela plataforma, afirma-se que a Greve Geral, “enquanto pára o país”, é importante “sair à rua” e “fazer ouvir a voz do descontentamento”. Na imagem acima partilhamos o cartaz que vem marcando presença nas ruas de Lisboa e arredores. Aqui é possível ver o panfleto de apelo à greve e à manifestação. E tambem há evento no facebook a convocar a manifestação. Em “ler mais” partilhamos o comunicado da plataforma na íntegra.
A ‘Plataforma 15 de Outubro’ marcou nova manifestação para o próximo dia 24 de Novembro, coincidente com o dia da Greve Geral Nacional. A concentração para a manifestação far-se-á às 14h30, no Marquês de Pombal e percorrerá a Avenida da Liberdade, desaguando no Rossio, onde fortalecerá o encontro marcado pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses [CGTP], previsto para o local.
No entender da ‘Plataforma 15 de Outubro’, a democracia está moribunda e deixou de servir os cidadãos, os seus representantes fingem não ouvir as vozes na rua e procuram silenciar quem exerce o seu direito básico de protesto. Por isso, o propósito de fazer parar a produção no próximo dia 24 de Novembro é uma forma de combater os ‘senhores’ que lucram com a miséria e impõem uma austeridade que ‘os’ faz enriquecer, cada vez mais.
Mas, fazer greve não é ficar em casa – é sair à rua e, enquanto pára o país, fazer ouvir a voz do descontentamento! Porque o governo defende que o país tem de empobrecer, que os cidadãos têm de emigrar, que pagar a dívida é o objectivo único de uma economia em queda e que a alternativa a esse cenário seria a ruína do país.
As medidas de brutalidade deste governo prometem destruir centenas de milhares de postos de trabalho e destruir os direitos daqueles que ainda trabalham, factos que fazem reclamar pelo direito ao trabalho com direitos, pela suspensão do pagamento da dívida, pela execução de uma auditoria cidadã à mesma e pelo direito a manter o 13.º e o 14.º salários.
No dia 15 de Outubro, em Assembleia Popular frente ao parlamento, foi feito um apelo às centrais sindicais para a convocação de uma Greve Geral. A resposta foi afirmativa. Dia 24 de Novembro, a ‘Plataforma 15 de Outubro’ apela ao povo português que se junte, que pare o país, que se manifeste, que faça uma verdadeira Greve Social, onde trabalhadores desempregados caminhem ao lado de trabalhadoras efectivas, onde reformadas caminhem ao lado de trabalhadores precários, onde imigrantes caminhem ao lado de estudantes.
Façamos ouvir a nossa voz! A Democracia está em causa. É hora de lutar!
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