Confirmados despedimentos das auxiliares de acção educativa em Guimarães

Guimarães foi considerada uma “Autarquia Com Precários”, no âmbito da nossa recente iniciativa Autarquia Sem Precários. Em causa estava a existência de 40 funcionárias com vínculos precários, há vários anos em funções permanentes essenciais, da responsabilidade da Câmara Municipal, sob as quais pendia a ameça de despedimento.

Infelizmente, a arbitrariedade e impunidade da autarquia teve agora a consequência mais temida: estas trabalhadoras, ilegalmente obrigadas a trabalhar sem vínculos permanentes durante vários anos, estão agora a poucos dias de enfrentar o desemprego.

Foi esta situação que levou estas trabalhadoras a protestar ontem, nos Paços do Concelho, garantindo ainda a participação e solidariedade de vários pais dos alunos.

Os responsáveis da Câmara Municipal limitam-se a dizer que “compreendem a situação das pessoas”. O vereador José Augusto Araújo tem ainda o descaramento de admitir que estas pessoas não tinham qualquer vínculo com o Ministério ou a autarquia “e por terem muitos anos de serviço criaram expectativas”.

Estas funcionárias, a quem foi negado o direito de terem o contrato de trabalho devido, no momento da tardia regularização desta situação ilegal, são confrontadas com um concurso público onde não têm quaisquer garantias. Fica a pergunta: como se pode tolerar que, depois de constatada a ilegalidade, não seja imediatamente reconhecida a vinculação permanente destas trabalhadoras (como previsto na lei)?

Os Precários Inflexíveis reafirmam a sua total solidariedade com estas trabalhadoras e as seus justos protestos pelos seus direitos. Já agora: onde está a Autoridade para as Condições do Trabalho? E o que diz a nova ministra do Trabalho e Solidariedade Social, bem como a nova Ministra da Educação? Como pode o sr. Presidente da Câmara, António Magalhães, manter um oportuno silêncio sobre esta situação?

notícia do Jornal de Notícias, aqui.
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