De pequenino começa a precariedade
Num documento emitido ontem pela Frente Nacional de Sindicatos da Função Pública (FP) revela que o Ministério da Educação, tal como no ano passado, volta a abrir concursos para trabalho pagos à hora, a preços que variam entre os três euros e os 3,20 euros”. Em causa está o preenchimento de 720 lugares para assistente operacional em regime de “trabalho a tempo parcial e a termo resolutivo”.
Os sindicatos dizem estar perante “a mais descarada forma de exploração dos trabalhadores” e violação da lei, nomeadamente o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas. A federação reafirma a necessidade de assegurar vagas de quadro, face às necessidades permanentes das escolas, e aguarda ser recebida pelo ministério, na sequência da reunião solicitada em julho à equipa de Nuno Crato.
O actual Governo promove assim descaradamente uma política de “degradação da qualidade do ensino público”, com trabalho precário e mal pago para colmatar necessidades permanentes dos estabelecimentos. O trabalho nas escolas e jardins de infância da rede pública é cada vez mais precário, provavelmente tratar-se-á duma táctica propositada de forma a ensinar e moldar as crianças para uma vida futura de precariedade, começam assim desde pequenos a conviver com essa realidade, para que não se indignem nos anos futuros e acatem passivamente a precariedade como forma de vida.
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