Descapitalização e degradação planeada da Segurança Social – fundo das pensões há quatro meses sem transferências
Segundo dados recentes divulgados pela Lusa e referentes à Carteira do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (CFEFSS), já desde Março que estão congeladas as transferências do Estado que asseguram o financiamento das pensões e a sustentabilidade da Segurança Social. No ano passado as transferências atingiram 223 milhões de euros, em 2009 foram 515 milhões enquanto que em 2008 atingiram os 1.091 milhões de euros. Para além de assistirmos a um brutal corte no valor atribuído ao suporte de pensões e reformas, assistimos também ao maior período de tempo (4 meses) sem qualquer transferência nos últimos anos.
A descapitalização da Segurança Social faz parte de uma estratégia que passa pela degradação dos seus serviços que abrirá caminho à sua privatização. O sector bancário já anda há muito à caça desta galinha dos ovos de ouro, oferecendo planos poupança reforma entre outras ofertas, sempre prejudiciais para o cidadão comum que nelas embarca quando comparadas com os serviços da Segurança Social pública. Este é um negócio enorme que o patronato pretende alcançar e para o qual Luís Pedro Mota Soares, actual Ministro da Solidariedade Social, tem a oportunidade de se pronunciar e tomar posição: em defesa da Segurança Social e da totalidade dos trabalhadores, combatendo este plano; ou compactuando com ele, embarcando no mesmo discurso de quem o planeia ou restringindo-se ao silêncio.
Os Precários Inflexíveis consideram que a Segurança Social pública é imprescindível e continuarão a lutar por ela, juntamente com todos aqueles que se posicionam contra a precariedade, contra a exploração e o assalto da finança.
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