Desemprego continua a subir
Mês após mês Portugal continua a incrementar a sua taxa de desemprego, que segundo os dados estatísticos do Eurostat se situava em Abril nos 15,2 %, mais uma décima que no mês de Março, sendo que o desemprego jovem aumentou também para os 36,3%, mais sete décimas em relação aos valores divulgados anteriormente. Comparativamente ao ano anterior esta percentagem situa-se agora oito pontos acima (antes era de 28,5%), a maior subida em todos os estados-membros da UE.
A trajectória parece cada vez mais galopante e os números não mentem:
2011
Outubro 13,6%
Novembro: 14,1%
Dezembro: 14,6 %
Outubro 13,6%
Novembro: 14,1%
Dezembro: 14,6 %
2012
Janeiro: 14,7%
Fevereiro 14,8%
Março: 15,1 %
Abril: 15,2 %
Além dos números oficiais não esquecemos os que se escondem atrás dessa cortina de fumo que alberga desempregados em acções de formação e que não são contabilizados nas estatísticas oficiais, bem como os desempregados não inscritos e os que continuamente oscilam entre a sazonalidade do ‘biscate’ na economia paralela e o desemprego.
Num ano a subida foi de quase 3%, o que demonstra claramente o fracasso das políticas governativas de apoio ao emprego e aos desempregados. Sabemos que a situação é ainda mais grave do que a demonstrada pelos organismos de estatística oficiais.
Além dos assustadores números do desemprego acresce o cada vez maior aumento da precariedade, arma de arremesso e de chantagem contra trabalhadores, e as vozes da austeridade que reclamam a diminuição real dos salários que também já se encontram entre os mais baixos da UE e da OCDE.
Das parcas oportunidades de emprego existentes, nove em cada dez são em condições precárias. São estes os resultados da Austeridade e dos compromissos que muitos ostentam em nome dos símbolos que falsamente transportam nas lapelas.
As evidências não mentem!
Notícia aqui.
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